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13º devem aquecer economia paraense; 1ª parcela deve ser paga até esta quarta-feira (30)

Comércio prevê que até 60% da renda extra será direcionada para compras

Fabrício Queiroz
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O pagamento da primeira parcela do 13º salário até a próxima quarta-feira, 30, deve favorecer o aquecimento da economia local, com a injeção de cerca de R$ 4,9 bilhões, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). De acordo com a entidade, 1.946.947 pessoas serão beneficiadas no estado do Pará.

Além dos trabalhadores do mercado formal contratados sob o regime de CLT, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem direito ao recurso extra. No Pará, são 1.213.096 trabalhadores formalizados, que devem receber um valor médio de R$2.298,59. Por sua vez, a previsão é que os 733.851 beneficiários do INSS recebam uma média de R$1.126,71. O montante de dinheiro que passa a circular com o pagamento das duas parcelas anima o segmento do comércio que prevê um crescimento da atividade.

image 13º salário vai injetar R$4,9 bilhões na economia paraense
Quase dois milhões de pessoas serão beneficiadas no estado, o que deve estimular consumo no fim de ano

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Economista orienta que o foco deve ser a quitação de contas e gastos necessários

A assessora econômica da Federação do Comércio, de Bens e Serviços do Estado do Pará (Fecomércio-PA), Lúcia Cristina Lisboa, diz que alguns fatores limitantes devem ser analisados, como o fato de que 61,4% das famílias paraenses estarem endividadas e destas 24,8% estarem inadimplentes, conforme indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Diante isso, naturalmente parte dos recursos deve ser direcionada para o pagamento de dívidas. Contudo, a avaliação geral é promissora para o setor.

“A conjuntura atual se mostra mais favorável e a Pesquisa Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou evolução mensal com aumento de 5,4% e a variação anual também aumentou. Ou seja, as famílias tendem a comprar mais este ano do que ano passado, apesar dos fatores limitantes, como crédito, inflação e renda disponível, dado o elevado endividamento e comprometimento com dúvidas já contraídas. Ainda assim, a conjuntura atual favorece para o melhor nível de consumo no Natal deste ano”, afirma Lúcia Lisboa.

Os dados da pesquisa ICF apontam, por exemplo, que 56% das famílias pretendem comprar mais ou em igual quantidade em relação ao ano passado, enquanto 40,8% pretendem gastar menos. Com esse cenário positivo, a Fecomércio-PA considera que o pagamento do 13º salário deve trazer benefícios generalizados para o setor. “A destinação para o pagamento de dívidas deve ser em torno de 40%. Dos 60%¨restantes, grande parte vai para consumo de modo geral pessoal, seja vestuário, calcados, e outros artigos para lar, presentes, passeios, viagens e turismo, compras relacionadas aos itens de festejos, etc”, explica.

DICAS

Para o economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia dos Estados do Pará e Amapá (Corecon PA/AP), Nélio Bordalo Filho, o comércio tende a ser o maior favorecido pela injeção de recursos do 13º salário, seja nas lojas físicas ou no e-commerce. Esse movimento repercute também em outros segmentos, já que com o maior faturamento torna-se necessário contratar mais funcionários, levando assim à geração de emprego e renda.

Quanto às demais alternativas, Bordalo sugere fazer uma análise criteriosa da realidade orçamentária para saber a melhor forma de gastar o salário extra, visando não somente o mês de dezembro, mas também a previsão de gastos nos meses de janeiro e fevereiro.

“Os aspectos principais dessa análise é saber se existem dividas com juros altos que precisam ser logo quitadas ou até mesmo negociadas para pagamento em parcelas. Assim o dinheiro extra pode ser usado para eliminar ou abater dividas objetivando iniciar o ano de 2023 com menos preocupações. Outra possibilidade, principalmente para quem tem filhos na escola, é reservar parte do 13º para as despesas de matricula, material e uniforme escolar. Dessa forma, a prioridade seria a educação dos filhos e a tranquilidade de ter recursos para esses compromissos escolares”, orienta o economista.

Outros fatores a serem levados em consideração são o pagamento de taxas e impostos no início do ano, as faturas de cartões de crédito e carnês, além de custos recorrentes, como alimentação, energia elétrica, água e aluguel. Para quem não possui dívidas, Nélio Bordalo reforça a importância de pensar em alternativas de investimentos, exceto a poupança que tem apresentado rentabilidade inferior à inflação. Entre as alternativas mais rentáveis estão os fundos imobiliários, fundos multimercados, ações e alguns produtos de renda fixa.

“É imprescindível conversar com o gerente do banco em que o trabalhador tem conta para identificar qual é o produto financeiro mais adequado para o perfil de investidor do trabalhador”, destaca o economista.

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