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Presidente do BNDES defende conhecimento da região amazônica no Fórum Mundial de Bioeconomia

Gustavo Montezano foi um dos convidados do painel "Financiamento Sustentável"

Abílio Dantas/ O Liberal

O primeiro dia do Fórum Mundial de Bioeconomia, nesta segunda-feira, 18, contou com a participação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano. Ele contribuiu de forma virtual no painel “Financiamento Sustentável”, que contou ainda com Mary Lystad, líder do setor global de investimentos em produtos florestais;  Ana Yang, Diretora Executiva do Hoffmann Center em Chatham House; e Sergio Rial, CEO do Santander América Latina.

“Quando falamos de  bioeconomia e da floresta, estamos apenas dependendo do governo? Não. Há pessoas por trás disso e precisamos de um conhecimento amplo da região e de pessoas que conheçam como funcionam os processos econômicos. E precisamos de capital”, declarou o presidente do BNDES.

Para ele, o primeiro passo para que a bioeconomia possa ser desenvolvida, considerando o conhecimento das pessoas que vivenciam a realidade da região, é a busca de recursos por meio do “mundo financeiro”. “Através do BNDES, a gente tentou separar o dinheiro de patrocínio daquele que visa o lucro. Por que não combinar essas duas fontes e trazer esse dinheiro para os empresários florestais? Para alguém que esteja disposto a ganhar dinheiro de forma sustentável, da mesma forma que nós fazemos nas fazendas, mas de uma forma diferente. Enviar esse sinal a esses empreendedores, que saibam fazer isso, seria a resposta correta. É claro, com a existência de um prêmio verde para isso, que os clientes finais e o mundo financeiro estariam dispostos a pagar, mas apenas se ajudarmos esses empreendedores seremos capazes de atingir e produzir esses recursos”, avaliou.

No mesmo sentido de ver a bioeconomia sendo expandida na prática, a diretora de Bioeconomia, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Camille Bemerguy, afirmou durante o evento que o principal objetivo dos agentes sociais presentes no Fórum é “construir massa crítica capaz de gerar políticas públicas e ambientes de negócio a partir de olhares diferenciados”. “E que possam potencializar ações que fomentem a bioeconomia, especificamente. Não só com o olhar de um dos atores, mas como uma construção a partir da soma de atores que estão envolvidos nesse processo, para que seja possível construir uma bioeconomia que seja pensada de uma forma robusta e efetivamente capaz de gerar os impactos e promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo”, complementou.

O empreendedor Marcel Campos, da startup Açaí Forma Produtos Sustentáveis, vê no Fórum uma oportunidade para divulgar o trabalho desenvolvido com a utilização de caroço de açaí como matéria de substituição do plástico, em produtos como copos e canudinhos. “O Pará vive da bioeconomia. Temos o miriti como vetor de desenvolvimento em Abaetetuba, o próprio caroço de açaí sendo utilizado para a produção de artesanato, como fonte de energia, e também a pesca, o extrativismo, de forma geral. O que propomos é uma bioeconomia com mais tecnologia e mais valor agregado. Essa é a nossa proposta”, defendeu.

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