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Preço do frango resfriado subiu 17% nos últimos 12 meses em Belém

Ave virou opção para quem quer economizar por conta dos preços altos da carne vermelha, mas inflação tem pesado no bolso do consumidor

O Liberal
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O preço do quilo de frango resfriado nos supermercados de Belém aumentou 17% nos últimos 12 meses, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese), que utilizou a marca de frango Americano como referência.

De acordo com a entidade, o produto fechou o mês de fevereiro de 2022 comercializado por uma média de R$12,20 na capital paraense, enquanto que no mesmo mês de 2021 o valor cobrado pelo quilo da ave foi de R$10,42.

Não houve aumento de preço na comparação entre o mês de janeiro e fevereiro deste ano. Já o frango resfriado da marca Avispará apresentou uma alta de 15% no último ano e também registrou dois meses consecutivos sem alterações nos preços, custando em média R$11,25 por quilo tanto em janeiro quanto em fevereiro de 2022.

Se por um lado as altas no frango resfriado ficaram abaixo da inflação brasileira registrada no período, que ficou em torno de 11%, o aumento no preço do frango congelado ficou abaixo da inflação no caso da marca Avispará (+3%).

Já em relação a marca Americano, a pesquisa divulgada pelo Dieese nesta quinta-feira (10) registrou que o preço diminuiu nos últimos 12 meses, passando da média de R$8,61 por quilo para R$8,24 (-4,30%).

Ração cara

Jorge Portugal é o presidente da Associação Paraense de Supermercados e avalia que a pandemia de covid-19 fez aumentar muito a procura por frangos, já que os preços das carne vermelha dispararam não só no Pará mas em todo o Brasil.

Ele conta que os recuos registrados no preço do frango congelado chegam após uma trajetória de altas e, por isso, não representam diminuição real nos valores repassados aos distribuidores.

"A carne vermelha aumentou muito. Pagávamos R$ 18 no quilo do traseiro e foi para R$ 30. E assim permanece até hoje, nunca houve uma redução. Essa configuração beneficiou o frango, alvo de maior procura nesses últimos dois anos. Mas de uns meses para cá o frango também teve aumento, repassado pelos abatedouros e empresas parceiras principalmente por conta do aumento no preço do milho, que constitui a ração. Mas mesmo assim o frango continua tendo alta procura em relação ao preço da carne, que esperávamos um recuo, mas não recuou. O frango congelado Americano teve um aumento bem grande e depois recuou, mas os outros tipos e marcas tiveram aumentos seguidos de pequenos recuos", conta.

Opções

A aposentada Lícia Cruz conta que antes só se preocupava em substituir a carne vermelha pelo frango nos dias de semana, mas agora precisa escolher entre as marcas para levar a mais barata para casa. Segundo ela, é mais vantajoso e prático levar o frango resfriado.

"Ele não cria gelo e mesmo com o preço um pouco acima, te poupa tempo no dia a dia da cozinha. Carne vermelha eu compro mas não é a regra. A gente só faz questão mesmo no final de semana. O frango virou a opção boa para economizar, gastar menos, mas não é como se o preço estivesse ótimo. O ideal seria voltar para o que era há uns três anos atrás", afirma.

Para o militar Inácio Santos, o desafio é criar novas receitas, molhos e acompanhamentos. "Eu gosto de cozinhar mas confesso que hoje em dia como muito mais frango do que comia um tempo atrás. Com o tempo você enjoa, mas é bom também para se desafiar em novas receitas, tentar pensar coisas legais e diferentes. Eu acho que os preços do frango estão bons, dentro da conjuntura do Brasil, né? Mas espero que a carne [vermelha] abaixe de preço logo", diz.

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