Pesquisa Nacional do IBGE aponta que desemprego sobe a 7,9% no trimestre terminado em março

Número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas

*Suellen Santos
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No Brasil, a taxa de desemprego foi de 7,9% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (30). 

Houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%, em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro. Já, no mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. O resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (8,1%), mesmo com a alta. 

Os resultados apontam que o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. O recuo é de 8,6% na comparação anual. 

Na população ocupada, houve queda de 0,8%, no primeiro trimestre de 2024, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.

Para a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o aumento da taxa de desocupação no primeiro trimestre do ano, foi ocasionado pela redução na ocupação, em um movimento sazonal da força de trabalho. 

O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57%, um recuo de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior. A alta é de 0,9 p.p, em relação ao mesmo período do ano anterior. 

A população fora da força totalizou 66,9 milhões, estável em relação ao período anterior. Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 1,5%, estimado em 108,8 milhões. 

 Confira os destaques da pesquisa

Taxa de desocupação: 7,9%
População desocupada: 8,6 milhões de pessoas
População ocupada: 100,2 milhões
População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
População desalentada: 3,6 milhões
Empregados com carteira assinada: 37,98 milhões
Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
Trabalhadores informais: 38,9 milhões
Taxa de informalidade: 38,9%

Carteira assinada 

Com 37,984 milhões de empregados com carteira assinada, houve recorde histórico para os trimestres comparáveis, mesmo que o aumento tenha representado uma estabilidade em termos estatísticos, mantendo o destaque positivo para esse grupo. 

"A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada", diz Beringuy, do IBGE.

Houve uma redução leve no emprego sem carteira assinada, que o instituto considera estabilidade. Foram 13,4 milhões neste trimestre, contra 13,5 milhões no trimestre anterior — que havia sido recorde da série comparável. Ainda no trimestre, entre os informais, cerca de 38,9 milhões de pessoas, houve uma redução de 589 mil trabalhadores, equivalente a 1,5%.

Rendimento 

O rendimento real habitual teve alta frente ao trimestre anterior, de 1,5%, e passou a R$ 3.123. O crescimento foi de 4%, em 2024.

Um recorde da série histórica do IBGE, a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 308,3 bilhões. Com o crescimento de 6,6% na comparação anual, o resultado teve variação inexpressiva frente ao trimestre anterior. 

(*Suellen Santos, estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora de Política e Economia)

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