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Pelo menos 30% dos funcionários da indústria estão acamados em função da gripe no Pará, diz Fiepa

Federação pontua que surto de gripe acende luz vermelha com relação à retomada da produção e da economia

Natália Mello

O surto de gripe e Covid-19 também está afetado a indústria paraense e, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiepa), pelo menos 30% dos funcionários estão acamados e afastados do trabalho. De acordo com o presidente da organização, José Conrado Santos, esse percentual e o cenário de saúde observado neste momento atual acende uma luz vermelha em relação à retomada da produção e da economia.

“Desde o final de dezembro de 2021, acompanhamos com preocupação as notícias sobre o agravamento da pandemia, desta vez com menos solicitação de UTIs, e a maior incidência de gripe na população. É um dever de todos nós relembrar todos os protocolos implantados desde o início da pandemia, e continuar seguindo os procedimentos de distanciamento social, higiene das mãos e uso de máscara. Lembrando que o cuidado tem que começar desde o nosso ambiente familiar”, reforça Conrado.

O presidente do Sistema Fiepa ressalta ainda outra preocupação, desta vez relacionada ao pagamento das linhas de financiamento concedidas para ajudar as empresas no auge da pandemia. “Os juros altos devido à inflação podem também influenciar negativamente na retomada do crescimento”, concluiu José.

À frente da presidência do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Pará (Sindirep), André Fontes também comenta que todos foram afetados com a gripe ou Covid e que, diante dos sintomas gripais cada vez mais parecidos, resta acompanhar, mas o impacto nesse segmento tem sido pequeno. “Falta somente por funcionários de apenas um dia. Como dependemos de peças, muitas importadas, essas sim estão demorando um pouco mais pra chegar, mas nada que atrapalhe de forma expressiva a produção”, detalha, informando que 15% dos trabalhadores confirmaram a contaminação por Covid-19 e 85% pela gripe. “Todos tiveram um ou outro”, finaliza.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Pará (Sinduscon), Alex Dias, também conta que a entidade vem monitorando a situação e os índices desde o final do ano passado, quando houve um pico de afastamento em decorrência da gripe. De acordo com ele, o momento atual apresenta um índice considerado baixo, relativamente, ao que vem sendo observado em outros estados.

“Não é significativa a ponto de interferir no andamento das obras, embora a gente venha tendo alguns problemas por conta de abastecimento de materiais, porque muitos insumos não são produzidos no estado e em outros estados o que se tem são alguns fornecedores pedindo dilatação de prazo de entrega e de produtos, mas nada inibe ainda a produção para que esse momento que possa ser considerado alarmante”, garante.

Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Palmito (Sindipalm), Bruno Barbosa, pontua que esse é o atual maior obstáculo da indústria do produto, que possui fábrica nos municípios de Afuá e Benevides. “Esse hoje é o nosso maior problema para produzir. Na fábrica em Afuá, sempre estamos com dois ou três funcionários de benefício, o nosso pessoal do barco, quando adoece, tem que arrumar outro para substituir. Além dos insumos que as fábricas que produzem em São Paulo, que estão com o mesmo problema nosso”, relata, estimando em 20% o percentual de faltosos no segmento.

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