Paraenses correm para consultar saldo no Banco Central; confira se você tem direito

Site reabriu nesta segunda-feira e quase 7 milhões de pessoas descobriram recursos em dinheiro que estavam esquecidos

O Liberal
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Apenas no primeiro dia de retomada no funcionamento, a nova plataforma do Banco Central (BC) para consultar recursos esquecidos em bancos e instituições financeiras registrou mais de 36 milhões de consultas realizadas.

O site do Sistema Valores a Receber (SVR) voltou a funcionar na última segunda-feira (14) e a estimativa é que cerca R$ 8 bilhões estejam esquecidos, como recursos de contas-corrente ou poupanças encerradas com saldo disponível.

Do total, 29,5 milhões não possuem dinheiro para resgatar, enquanto aproximadamente 7 milhões encontraram saldo.

"A gente tem esperança"

Muitos paraenses correram para descobrir se possuíam valores a receber. O irmão da autônoma Lizete Vaz ligou para ela assim que soube da novidade e pediu o Cadastro de Pessoa Física dela para fazer a consulta.

"Mas não tem nada. Não deu nada, mas a gente sempre coloca pela esperança. Se tiver algum trocado já ajuda. Mas não tinha não. E não estou vendo as pessoas procurando, muita gente não está sabendo. Ele colocou sem nenhuma dificuldade. As coisas estão retomando, não ao normal, mas aos poucos está melhorando. Seria um dinheiro a mais para ajudar", afirma ela. 

Dificuldades de acesso

Se por um lado Lizete não teve dificuldades de acessar o site, Jéssica Gama não desfrutou da mesma experiência quando tentou consultar a plataforma na tarde desta segunda-feira (14). Ela e o marido aproveitaram que o site já estava no ar para ver logo no primeiro dia se tinham recursos guardados, mas se depararam com instabilidades no sistema e dificuldades no uso do aplicativo. 

"Eu ouvi falar sobre isso, só que fui ver e é muito complicado o aplicativo. Eu achei muito complicado. Primeiro que teve muito acesso, então a gente não consegue acessar. Quando a gente está concluindo o acesso, aí dá erro a página. Até meu esposo também tentou e não deu. A gente não sabe se tem dinheiro, mas a gente tem fé de ter alguma coisa lá dentro, né? Meu plano seria pagar dívidas, porque depois dessa pandemia aí eu perdi o emprego. Ainda estou tentando procurar emprego. Fiquei dois anos sem conseguir e aí atrasou a conta. Estamos tentando, de pouquinho em pouquinho, pagar. Aí se tiver esse dinheiro guardado queremos quitar dívidas para aliviar mais lá em casa. Essa semana vou tentar de novo", conta ela, que é auxiliar de vendas em uma loja na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. 

Ana Luiza Marques recebeu boas notícias na noite de segunda-feira, quando a mãe dela a lembrou de olhar o aplicativo: ela tem valores a receber pelo Banco Central e vai poder consultá-los e resgatá-los no dia 24 de março. "Fiquei surpresa porque sinceramente não imaginava. Entrei pela curiosidade, mas não sei de onde pode ter vindo essa quantia. Agora estou naquela curiosidade de saber quanto é, né? Qualquer coisa já está ótimo", comemorou. 

image O irmão de Lizete a ajudou via telefone, mas ela não tinha dinheiro para receber (Thiago Gomes/O Liberal)

Como fazer

Ao acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br, basta informar o CPF ou CNPJ e a data de nascimento para saber se há alguma quantia no nome do portador do documento. O montante não é disponibilizado imediatamente, mas o BC já divulgou o cronograma para resgate no mesmo site.

O Banco Central considera valores de contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas, cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.

Quem recebe

Quem não teve nenhum valor indicado nesta primeira consulta não precisa desanimar. A partir do dia 2 de maio, uma nova fase deve incluir tarifas cobradas indevidamente, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível, além de contas de registro mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de operações de clientes encerradas com saldo disponível, entidades em liquidação extrajudicial e valores do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Segundo o BC, 28 milhões de brasileiros tem direito a valores. 

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