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Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial

Resultado foi motivado pelo crescimento da indústria extrativa paraense, principalmente do setor de minerais metálicos

Keila Ferreira
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No período de dez anos, entre os biênios 2007/08 e 2017/18, o Pará foi o estado brasileiro que mais ganhou espaço na produção industrial nacional total, que considera a extrativa, de transformação, construção e Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP). Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), essa posição de destaque é resultado do crescimento da indústria extrativa paraense, principalmente do setor de minerais metálicos, o que também puxou o aumento da participação da região Norte na produção industrial nacional. Segundo a entidade, a região ganhou participação nos segmentos industriais de Construção e SIUP, mas registra uma ligeira perda na Indústria de Transformação.
No caso do Pará, houve aumento de 1.41 pontos percentuais de participação na indústria em em razão do crescimento do valor adicionado do setor extrativo. Entre os biênios 2007/08 e 2017/18, o valor da produção na Indústria Extrativa do Estado registrou alta, em reais, de mais de 300%. Esse aumento é resultado de alta dos preços (172%), acompanhada de crescimento do volume produzido (76%). 
“O Estado do Pará, nos últimos anos, vem despontando no cenário nacional como o Estado que mais cresce no setor industrial. Tudo isso, advindo da grande produção do nosso potencial mineral. Com relação à verticalização destes produtos, que é uma tendência e que vem sendo trabalhada ao longo dos últimos 20 anos, observamos que ainda ocorre em uma velocidade pequena, mas com o esforço das entidades de classe, do setor produtivo, juntamente com o governo do Estado, a gente sinaliza que ela pode melhorar. Mas quem sustenta realmente o crescimento do Estado do Pará é o setor mineral, por meio de seus grandes projetos. Além disso, a modernização da tecnologia utilizada por este setor, assim como a alta do dólar, vem causando um aumento nessa produção”, declarou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará. 

Por outro lado, neste mesmo período, o Pará teve queda de 0,45 pontos percentuais na indústria de transformação, que é o principal segmento industrial do País, responsável por mais da metade do valor adicionado da Indústria (57%), no biênio 2017/18. O pior desempenho foi de São Paulo, que perdeu 5,44 pontos percentuais de participação na produção manufatureira brasileira entre os biênios 2007/08 e 2017/18. Apesar disso, São Paulo permanece na liderança absoluta entre os estados com maior produção da Indústria de Transformação, respondendo por 38,14% do valor adicionado desse segmento industrial, na média de 2017/18.

Na indústria total, o Pará se encontra em oitavo lugar no ranking nacional, com 3,56% de participação no biênio 2017/2018 - no biênio 2007/2008 estava na 11ª colocação, respondendo por 2,15% do total. Quando se analisa apenas a indústria de transformação, o Pará ocupava o 15º lugar no ranking, participando de 0,86% da produção total - dez anos antes, estava na 13ª colocação (1,31% do total). 

Considerando apenas a indústria extrativista, o Pará sobe para 3º lugar no ranking nacional, respondendo por 15,97% da produção nacional - na média de 2007/2008, a participação era de 5,10%, a quarta melhor colocação. 

A CNI aponta também que a produção industrial vem se desconcentrando de estados da região Sudeste para as demais regiões geográficas, sobretudo para a Sul e a Nordeste. Enquanto estados como São Paulo e Rio de Janeiro perderam participação na indústria de transformação, a Bahia, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul se destacaram como os maiores ganhos de participação na produção manufatureira nacional. De acordo com o presidente da Fiepa, há um esforço comum do setor produtivo de atrair novas indústrias no Pará. "Mas isso tem sido prejudicado pela demora da aprovação da Reforma Tributária, o que representa uma barreira aqui para o Estado, principalmente por conta do excesso de burocracia causada pelo atual sistema tributário brasileiro", avalia Conrado. 

Para os próximos anos, existe expectativa de que o programa de valorização do produto paraense, chamando de ‘Feito no Pará, pode comprar”, ajude o Estado a se manter em destaque no cenário nacional. "O objetivo é intensificar a participação das indústrias paraenses para atender as demandas dos grandes projetos, gerando com isso emprego e renda e ajudando a aumentar a arrecadação do nosso Estado".

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Economia
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