Pará conquista 6º lugar na balança comercial brasileira e lidera exportações do Norte
Os bons resultados correspondem aos três primeiros meses de 2025

O Pará consolidou sua posição como um dos principais protagonistas do comércio exterior brasileiro ao registrar o 6º maior volume de exportações do país e liderar o saldo comercial da Região Norte entre janeiro e março de 2025. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Comex).
Durante o período, o Pará exportou US$ 5,066 bilhões e importou US$ 611,4 bilhões, gerando um superávit expressivo de US$ 4,455 bilhões. No ranking nacional de importações, o Estado ficou na 15ª posição.
Exportações puxadas por minerais
Mesmo diante de algumas retrações, a exportação paraense seguiu fortemente ancorada na mineração. O minério de ferro e seus concentrados permaneceu como o principal produto exportado, respondendo por 47% do total exportado no trimestre — equivalente a US$ 2,4 bilhões. Contudo, o produto teve uma queda de 27% em relação ao mesmo período de 2024, o que representou uma perda de US$ 858 milhões.
Por outro lado, a alumina registrou o maior crescimento proporcional entre os principais produtos, com alta de 106%, totalizando US$ 775 milhões e acrescentando US$ 398 milhões à balança paraense. Também se destacaram os minérios de cobre e seus concentrados, com US$ 711 milhões (alta de 36,9%), além da carne bovina (US$ 207 milhões, alta de 23,8%) e do alumínio, que alcançou US$ 163 milhões, crescendo 53,7%.
A China foi o principal destino das exportações paraenses nos três primeiros meses de 2025, com movimentação superior a US$ 2 bilhões. Apesar disso, o volume representa uma redução de US$ 467 milhões.
VEJA MAIS
[[(standard.Article) Déficit comercial dos EUA salta 14% em março, a US$ 140,5 bilhões]]
[[(standard.Article) Turquia abre ao Brasil mercado para bois vivos para reprodução]]
Importações voltadas à agroindústria e infraestrutura
As importações do Estado, embora menores em volume, também revelam tendências significativas. O produto mais importado foi fertilizante químico, representando 17% do total (US$ 103 milhões), ainda que com uma queda de 15% (menos US$ 18 milhões). Já os óleos combustíveis derivados de petróleo tiveram uma alta de 155%, totalizando US$ 98,7 milhões, enquanto instalações e equipamentos de engenharia civil cresceram 104%, alcançando US$ 52,1 milhões.
Outro destaque foi a importação de produtos semi-acabados, que disparou 350% e somou US$ 46,1 milhões, refletindo a expansão de setores industriais e obras de infraestrutura. Já os elementos químicos inorgânicos registraram queda de 17%, movimentando US$ 43 milhões.
Os Estados Unidos foi o país de quem o Pará mais importou produtos, movimentando US$ 180 milhões, com uma variação de 1% e ganho de US$ 1,81 milhão.
No cenário nacional, as exportações brasileiras foram fortemente impulsionadas pela indústria da transformação, que respondeu por 56% das operações comerciais do país, movimentando US$ 43 bilhões no trimestre. A diversificação produtiva e o aumento da demanda internacional por produtos com maior valor agregado contribuíram para o bom desempenho do setor.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA