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Número de empresas abertas no Pará cresceu 21% em 2021, segundo balanço da Jucepa

Foram 90.598 empresas abertas contra 22.738 fechadas no ano passado

O Liberal

A Junta Comercial do Pará (Jucepa) divulgou, nesta sexta-feira (7), um crescimento de 21% no número de empresas abertas no Pará em 2021: de 74.639 novos empreendimentos iniciados em 2020, o estado chegou a 90.598 no ano passado. De acordo com o órgão, o saldo é positivo, mesmo levando em consideração o aumento também do número de empresas fechadas, que saiu de 17.875 para 22.738 no mesmo período, um incremento de 27%.

Desse total, uma fatia de 50% fica com serviços e 41% com comércio, sendo 75.233 novos microempreendedores individuais. “A maior parte da natureza jurídica constituída é o MEI, ou seja, o maior número realmente é de empresários porque nós temos muitas pessoas abrindo seu próprio negócio. Hoje o que está acontecendo é que o processo de abertura de empresas está muito mais simples, até mesmo o de extinção. Antes tínhamos um passivo muito grande de empresas que fechavam e ficavam abertas no papel, mas esse número diminui a cada dia”, afirmou o gerente de projetos da Jucepa, Auiá Reis Queiroz.

Aiuá ressalta a Lei de Liberdade Econômica e diversas facilitações de sistema e de fluxos que a Jucepa implantou para facilitar esse processo, com novas instruções normativas e leis. “E tem um grande dado que confirma isso, porque houve um ranqueamento organizado pelo Banco Mundial, e dentre as capitais do Brasil, o Pará aparece como o estado mais fácil de abrir empresa, então temos já um histórico de facilitar o processo”, conclui.

Profissionalização do microempreendedor

A estudante de enfermagem, Marcilene Saraiva, de 30 anos, recebeu o certificado de empreendedora individual dela em 2020, depois de quatro anos atuando com a produção de doces para encomenda. “Não conhecia o MEI, conheci através de amigos que indicaram até mesmo para oficializar a profissão, e também um dos fatores que me incentivou a registrar foi a questão dos aplicativos de alimentação, Ifood só podemos vender por lá se tivermos MEI, CNPJ, então esse foi um dos principais motivos, fora o incentivo fiscal, os benefícios, seguro. Pagamos um valor simbólico mensal para isso, além de que é uma contribuição”, explica.

Hoje, um ano e meio depois, Marcilene já vê o retorno. O que era uma forma de obter renda extra em um passatempo de algo que gostava muito de fazer, hoje, depois do MEI, se transformou na sua principal fonte de renda. “Passou uma credibilidade maior para meus clientes, hoje já consigo aceitar pedidos de empresas, coisa que não conseguia fazer antes. E hoje vivo só disso”, concluiu.

O empresário do mercado de seguros, Wigor Oliveira, de 34 anos, tem uma empresa de médio porte, com 30 funcionários, e conta que, diferente de muitos empreendimentos, 2021 foi um ano positivo. “O mercado de seguros cresceu na pandemia, particularmente. A gente é especialista em seguro de vida, que registrou uma procura maior, além da parte de indenização de seguro, então o mercado para mim foi positivo. Mesmo na crise, nossa empresa teve um crescimento de 5%”, revela.

A empresária do ramo da beleza Sirlene Furtado, de 41 anos, está há sete anos empreendendo e também fechou o ano passado de forma positiva – embora em 2020, com o lockdown, e em 2021, com as restrições de aglomeração ainda vividas pela população paraense, tenham trazido prejuízos o faturamento por um tempo.

“Hoje temos duas unidades do salão de beleza, uma no bairro de Nazaré e outra no shopping Castanheira. Entre parceiros e colaboradores, temos 60 pessoas. 2021 começou difícil em virtude ainda do fechamento, das restrições que tivemos em 2020 em quase quatro meses de lockdown no segmento. Começamos a respirar um pouco e veio a alta de valores, e acho que foi o que mais pesou, matéria-prima muito cara sem podermos repassar para o cliente, mas, no segundo semestre, começou a recuperar e terminamos o ano de forma positiva”, finalizou.

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