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Norte pode ter tarifa energia mais cara em 2023, diz Aneel

A média do Brasil será de 6,9%, mas na Região Norte pode subir para 17,6%

O Liberal
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A tarifa média de energia elétrica na Região Norte deve subir 17,6% em 2023. A notícia nada agradável ao bolso dos paraenses foi confirmada pelo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, nesta terça-feira (30), durante a sessão da Comissão de Serviços de Infraestrutura no Senado.

Esse reajuste nas tarifas de energia elétrica é feito anualmente, no aniversário de concessão da distribuidora local. No Brasil, ela deve subir 6,9% ainda neste ano, mas os números se tornam ainda mais alarmantes e “salgados” financeiramente falando para três regiões brasileiras: Norte (17,6%), Nordeste (7,9%) e Centro-Oeste (6,5%). Já o Sul (4,5%) e o Sudeste (5,7%) os reajustes não saíram tão caros.

Paraenses  falam sobre alternativas para conseguir economizar com possível ajuste

Pequenas atitudes para gerar economias na conta de luz já estão sendo adotadas por  Maria Terezinha Aires da Silva, de 72 anos, há vários meses e têm gerado bons resultados.  Se a tarifa elétrica vier “apertar” o orçamento da dona de casa, ela já tem as dicas na ponta da língua.  

“Quando saímos de algum ambiente, apagamos as luzes. Só uso o liquidificador quando tem algum eletrodoméstico desligado, seja a geladeira ou o freezer.  O ferro elétrico só é usado em última necessidade, porque as roupas de hoje em dia não precisam passar no ferro”, explicou dona Maria Terezinha sobre o que aplica no dia-a-dia para gerar o menor desperdício de energia. 

Com isso, ela conseguiu que a conta de luz saísse do vermelho, no valor de R$ 180, para R$ 145 e alguns centavos. A dona de casa afirmou que também nunca gostou de usar ar condicionado ou ventiladores que costumam causar ‘estragos’ no consumo, e que opta sempre pela ventilação natural que são dadas com as portas e janelas abertas da residência localizada dentro de um conjunto no bairro do Tapanã.

“Tudo isso é para economizar, porque eu não gosto de gastar a toa até porque a energia já está muito alta”, reclamou dona Maria Terezinha.

A coletiva seletiva em troca de descontos na energia promovido pela Equatorial Energia, onde se juntam, por exemplo, papéis ou pets,  ganha-se um desconto pelo quilo do material doado e que irá para a reciclagem. Em uma ida até o espaço, a dona de casa já conseguiu um desconto de R$ 31,61, levando livros e revistas que não tinham mais serventia. A opção é vista com muito bom gosto pela idosa.

“Eu gosto de fazer pensando nos dois lados: a natureza e ter desconto na energia. Peço muito para os vizinhos e pessoas conhecidas ajudarem, levo até a Equatorial para conseguir desconto”, explicou.  

A agente de proteção, Giselle do Socorro Palheta da Silva Lima, de 40 anos, viu na instalação de placas solares a alternativa para não gastar absurdos com a conta de energia. Em uma residência que mora apenas três pessoas, ela já teve que pagar uma fatura de R$ 900. 

“Ainda tenho os meus costumes de apagar a luz quando sair dos cômodos, ligar o ar condicionado somente à noite, máquina de lavar aos finais de semana, pois mesmo tendo energia solar precisa ter limites, porque senão extrapolo”, disse, acrescentando que com a alternativa conseguiu diminuir a conta para R$ 166,34. 

Uma das únicas boas notícias dadas pelo diretor da Aneel é que a bandeira tarifária deve permanecer verde neste ano, ou seja, sem cobrança adicional da conta de luz. A boa perspectiva também segue projetada para o ano de 2024. 

“Já estamos desde o ano passado sem acionamento das bandeiras. Esse ano não teremos acionamento das bandeiras e boas perspectivas para o ano que vem. Isso dá uma melhor percepção para o consumidor”, afirmou Sandoval.

‘Brasil é um país de tarifa cara’, diz diretor 

Segundo o diretor da Aneel, Sandoval, o Brasil pode até ser um país de energia barata, mas possui “tarifa cara”. Ele explica que isso ocorre, porque os encargos setoriais cresceram acima do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) desde 2015.

Hoje em dia, os contributos chegam a somar aproximadamente  R$ 34,4 bilhões e são divididos da seguinte forma: R$ 13,3 bilhões são da da CCC (Conta Consumo de Combustíveis), para geração nos sistemas isolados; R$ 8,2 bilhões das fontes incentivadas, como solar e eólica; e R$ 4,7 bilhões da tarifa social de energia, que reduz a conta de energia elétrica para consumidores  que estão em vulnerabilidade.

 

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