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Norte é a região com menos roubos de cargas; prejuízo estimado é de R$ 19,31 milhões

Levantamento aponta que produtos alimentícios, farmacêuticos, combustíveis, autopeças, têxteis e confecções são os mais visados pelos criminosos

Camila Azevedo
fonte

O Norte é a região que menos tem registrado roubos de cargas. Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logísticas (NTC&Logística) mostram que, em 2022, 168 ocorrências foram contabilizadas, somando 1,23% do total do Brasil. Ao todo, o prejuízo estimado é de R$ 19,31 milhões. No país, o déficit superou o R$ 1,2 bilhão em perdas, tendo 13.089 de episódios em todo o território nacional.

Mesmo com o cenário, o resultado é o menor dos últimos cinco anos. Em 2017, foram 25.950 ocorrências, tendo R$ 1,57 bilhão de prejuízo. A região Sudeste lidera com folga o número de casos, com 85,1% dos registros da prática criminosa. O levantamento mostra, ainda, que os produtos mais visados são os alimentícios, farmacêuticos, combustíveis, autopeças, têxteis e confecções.

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Norte tem problemas estruturais que facilitam crime, afirma Sindicarpa

A qualidade das estradas do Norte é um dos fatores principais para contribuir com o índice de criminalidade que, ainda sendo pouco, preocupa instituições ligadas ao setor. Para Edilberto Ventania, diretor do Sindicato de Transportadores de Cargas do Pará (Sindicarpa), a trafegabilidade nas vias impede que uma segurança efetiva seja sentida pelos trabalhadores, que são cada vez mais expostos.

“Realmente, não tenho estrutura nenhuma nas estradas. Não temos segurança. A trafegabilidade em algumas BRs é completamente prejudicada e isso facilita a abordagem dos meliantes. Na BR-316, até o Maranhão, tem empresa que paga segurança privada, justamente para dar essa sensação de segurança aos motoristas. Mas, tem empresa que não tem esse serviço, o trabalhador fica desprotegido”, lamenta.

O monitoramento do motorista é, muitas vezes, a única medida que algumas firmas possuem. Entretanto, o equipamento é apenas para analisar se houve mudança de rota ou falta de produtividade. “Mas isso não traz segurança para nós, isso só dificulta a situação”, afirma Ventania. As reformas e o policiamento ostensivo nessas vias são listadas como prioridade para oferecer melhores condições.

“Primeiro, juntar as forças na questão de trazer à polícia, ter policiamento ostensivo nas BRs, colocar estradas com condições de trabalho para justamente termos sensação de segurança. Se nós não tivermos reuniões com quem toma conta das BRs, vai ficar difícil. As estradas estão em situação precária e não vai dar certo. Temos que ter reuniões com o próprio DNIT e outras instituições para poder dar certo”, finaliza Edilberto.

Roubo de cargas no Brasil (fonte: NTC&Logística)

Sudeste → 85,1%

Sul → 6,12%;

Nordeste → 4,6%;

Centro-oeste → 2,8%;

Norte → 1,2%.

Volume de ocorrências por ano

2022 → 13.089;

2021→ 14.400;

2020 → 14.150;

2019 → 18.400;

2018 → 22.200;

2017 → 25.950.

Prejuízos

2022 → R$ 1,2 bilhão;

2021 → R$ 1,25 bilhão;

2020 → R$ 1,25 bilhão;

2019 → R$ 1,4 bilhão;

2018 → R$ 1,47 bilhão;

2017 → R$ 1,57 bilhão.

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