Não são os investidores da bolsa que definem fim de isolamento social, diz Maia

Maia criticou a sugestão do chefe do Executivo Federal de avaliar a adoção de medidas de "isolamento vertical"

Reuters

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que investidores da Bolsa de Valores de São Paulo não podem impor, em razão das perdas financeiras que têm sofrido em razão dos desdobramentos da pandemia de coronavírus no país, a antecipação do fim de medidas de isolamento social.

Segundo Maia, nas últimas semanas tem havido uma pressão muito grande de parte de investidores que colocaram recursos na Bolsa brasileira, esperando o que chamou de "prosperidade" com a expectativa de o índice que poderia alcançar 150 mil pontos este ano.

O Ibovespa - que teve a segunda forte seguida após semanas de forte queda - fechou nesta quarta-feira próximo dos 75 mil pontos.

O presidente da Câmara disse que não se pode ouvir - neste momento da crise sanitária do coronavírus - investidores que perderam dinheiro. "Risco é assim, ganha ou perde", afirmou. "Não podemos colocar vidas em risco", completou.

Para Maia, é preciso seguir as recomendações do Ministério da Saúde que tem advogado a manutenção do isolamento social para conter o avanço do coronavírus no país.

BOLSONARO

Em uma entrevista coletiva com uma série de críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro, Maia criticou a sugestão do chefe do Executivo Federal de avaliar a adoção de medidas de "isolamento vertical", que abrangeria no caso do coronavírus apenas pessoas que se encontram no grupo de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas.

A medida é diferente das que têm sido adotadas por Estados e municípios, que é o isolamento horizontal, que atinge a população indistintamente.

Segundo Maia, sem citar nominalmente Bolsonaro, como alguém pode falar em uma proposta de isolamento vertical sendo que até o momento não apresentou uma proposta de proteção para os idosos.

O presidente da Câmara disse que o país precisa de "previsibilidade", com atuação do governo para garantir emprego e renda dos brasileiros. Ele disse que o mais importante no momento é construir soluções que passam pela liderança do Poder Executivo, que "muitas vezes" têm falhado, mas ressalvou que há a equipe técnica do governo para ajudar.

Sem dar detalhes, Maia disse que trabalha numa proposta para elevar o valor de 200 reais a que os autônomos terão direito durante a pandemia do coronavírus, conforme proposta do governo.

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