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Mesmo com redução da Petrobras, gasolina não baixou no Pará; entenda o motivo

Sindicato aponta falta de repasse para viabilizar o começo da redução

Thaline Silva
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A Petrobras anunciou, na segunda-feira (2), uma redução de R$ 0,17 no preço da gasolina vendida às distribuidoras, com vigência a partir da terça-feira (3). O preço médio da gasolina A passou a ser de R$ 2,85 por litro — uma queda de 5,6%. Apesar dessa redução, o consumidor paraense ainda não sentiu o impacto no preço final.

De acordo com o SINDICOMBUSTÍVEIS-PA, entidade que representa o comércio varejista de derivados de petróleo, gás natural e biocombustíveis no estado, essa demora ocorre devido à dinâmica da cadeia de comercialização, que funciona da seguinte forma:

Após a extração, o petróleo é enviado para as refinarias, onde é transformado em combustível. Em seguida, o produto é vendido pelas refinarias — como a Petrobras e outras — para as distribuidoras, que adicionam os biocombustíveis e, posteriormente, revendem aos postos de combustíveis. Estes, por sua vez, são o elo final da cadeia, comprando o combustível das distribuidoras para revenda aos consumidores.

Mesmo com essa estrutura, o sindicato destacou, em nota à imprensa, que muitos postos relataram não estar recebendo os descontos anunciados pelas fornecedoras. O fator que mais influencia o preço ao consumidor final é justamente o valor praticado pelas distribuidoras. Assim, sem o repasse da redução, torna-se inviável que os postos ofereçam preços menores nas bombas.

Esse cenário é agravado, segundo o SINDICOMBUSTÍVEIS-PA, pela elevada concentração do mercado de distribuição de combustíveis no Brasil: três grandes distribuidoras dominam cerca de 70% do setor, caracterizando um regime de oligopólio.

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A famosa expressão foi utilizada pela entidade para exemplificar o comportamento do mercado: quando a Petrobras anuncia um aumento, as distribuidoras rapidamente repassam a alta aos postos. Contudo, quando há uma redução, o repasse é feito de forma mais lenta.

O sindicato defende que os órgãos de fiscalização e defesa do consumidor cobrem explicações das distribuidoras sobre a demora no repasse das reduções, evitando que os postos sejam responsabilizados indevidamente pela manutenção dos preços altos.

Segundo a Petrobras, com esse novo reajuste, a gasolina acumula uma redução de R$ 0,22 por litro desde dezembro de 2022, o que representa uma diminuição de 7,3%.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

 

 

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