Margem Equatorial: licença para Potiguar é ‘começo em direção ao Amapá’, diz presidente da Petrobras
Jean Paul Prates afirma que a exploração na Bacia da Foz do Amazonas continua sendo prioridade para e Petrobras
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chamou a liberação da licença para perfuração de dois poços de petróleo na Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande Norte, na chamada Margem Equatorial, de “belíssimo começo em direção ao Amapá”. A declaração foi dada na noite desta segunda-feira (2), durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Na ocasião, ele reafirmou que a exploração na Bacia da Foz do Amazonas continua sendo uma prioridade para a empresa.
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A Margem Equatorial abrange cinco bacias em alto-mar, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. São elas:
- Foz do Amazonas, localizada nos Estados do Amapá e do Pará;
- Pará-Maranhão, localizada no Pará e no Maranhão;
- Barreirinhas, localizada no Maranhão;
- Ceará, localizada no Piauí e Ceará;
- Potiguar, localizada no Rio Grande do Norte.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, assinou na segunda-feira (2), a renovação da licença de operação para a Petrobras perfurar dois poços de petróleo na Bacia Potiguar.
Em maio, o pedido de licença para perfurar poço de petróleo no litoral do Amapá foi negado pelo órgão ambiental. A Petrobras reapresentou o pedido, que segue em análise no Ibama.
Embora o nome de Bacia da Foz do Amazonas, o primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar na região fica a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa do Amapá e a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Além dessa distância na superfície, a perfuração está prevista para ocorrer a cerca de 2.880m de profundidade de lâmina d'água.
Durante a entrevista à TV Cultura, Jean Paul Prates afirmou que está otimista que a negativa para a licença será revista.
“Tenho certeza que a gente vai conseguir a licença, com todos os requisitos e todos eles atendidos, porque isso foi licitado em um leilão federal. E Agência Nacional de Petróleo nos fez assinar um contrato de concessão com um compromisso que trabalho mínimo que envolve esses poços exploratórios”, afirmou.
Para Prates, é preciso estudos para verificar se realmente existe petróleo nos blocos. Ele observa que Guiana e Suriname tem petróleo, e as formações indicam que essa região do litoral brasileiro também pode ter. “Brasil tem o direito de saber. Depois disso, vem a 2ª decisão, se produz ou não para fazer frente a essa última fase da era do petróleo”.
O presidente da Petrobras considera a autorização do Ibama para pesquisas em blocos na Bacia Potiguar, trecho da Margem Equatorial na costa do Rio Grande do Norte, de “belíssimo começo em direção ao Amapá” e acredita que se o país não investir na pesquisa de novas áreas, como a Margem Equatorial, poderá ter que voltar a importar petróleo futuramente.
“A humanidade vai precisar de petróleo por bons 50 ou 60 anos à frente. Se nós não tivermos áreas de nova fronteira para explorar, vamos ter de importar petróleo de novo como Brasil e petróleo mais carbonizado que o nosso”.
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