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Manifestantes realizam protesto em frente a shopping de Belém

Ato é promovido por trabalhadores do comércio, nesta quinta-feira (22)

O Liberal
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Um grupo de manifestantes realizou, na manhã desta quinta-feira (22), um protesto em frente a um shopping no centro de Belém. O ato foi promovido por trabalhadores do comércio lojista da capital. Eles reclamavam do funcionamento de estabelecimentos até a meia noite, nesse período de Natal, e da falta de diálogo com a classe patronal, entre outras situações envolvendo a categoria. A manifestação foi encerrada no início da tarde desta quinta-feira (22), depois que os trabalhadores conseguiram marcar uma reunião com a patronal para esta sexta-feira (23). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Lojista do Município de Belém (Sintclobe), Jesus Santos Santana, caso não haja avanços nessa conversa, é provável que ocorram novas manifestações em outros pontos de Belém. 

Jesus critica a postura do presidente e da assessoria jurídica do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas). "É um conjunto de reivindicações, tanto de cláusulas econômicas, como de cláusulas sociais. O problema é que nós queremos um reajuste digno, nós queremos sentar na mesa com o patronal pra conversar, pra 'trocar essa figurinha', pra deixar tudo certo. É isso que a gente quer", declarou.

Procurado, o presidente do Sindilojas, Eduardo Yamamoto, encaminhou uma nota em que a entidade afirma que os empresários foram surpreendidos com a mobilização em frente ao shopping. "Informamos que apesar da Convenção Coletiva de Trabalho negociada pelo Sindilojas e Sintclobe já ter acordado o reajuste para 2022/2023, a mesma segue sem assinatura. Algumas exigências não têm como serem atendidas pelos lojistas, como o retorno da certidão obrigatória para abertura em feriado e multa no valor de R$ 360 por funcionário e por infração revestida totalmente para o sindicato dos trabalhadores. Seguimos negociando", afirma a entidade. 

O sindicato patronal segue afirmando que, "visto que ninguém vai se sensibilizar com multa ou certidão de regularidade, que cria uma fábrica de multas em favor do Sintclobe (Sindicato dos Comerciários), eles encaminharam ontem, final do expediente, uma proposta de 15% já pensando nessa panfletagem de hoje. Lembrando que essa atitude unilateral do Sintclobe e da Fetracom prejudica não só as empresas e os funcionários do comércio lojista, e sim, setores de fastfood, restaurantes, serviços de estética e depilação, cinema, etc".

De acordo com o Sindilojas, a Polícia Militar agiu rapidamente e abriu um caminho para acesso de clientes ao estabelecimento comercial, que foi normalizado. "Os 'manifestantes' estão do lado de fora, na calçada, mas não mais bloqueando as entradas. Seguimos monitorando sempre abertos a diálogo, mas não cederemos a esse tipo de pressão".

O shopping alvo da manifestação se pronunciou sobre o ocorrido por meio de nota: "O Shopping Pátio Belém esclarece que o protesto realizado na manhã de hoje (22), na frente do Shopping não se tratou de uma greve de funcionários do shopping, muito menos, algo direcionado ao Pátio Belém ou seus colaboradores.  Segundo nossas apurações, o protesto foi organizado pelo Sintclobe - Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Lojista de Belém contra a diretoria do sindicato patronal da categoria. Informamos ainda que, em momento algum, as atividades e atendimentos do Pátio foram interrompidas, assim como nossos clientes e colaboradores não foram impedidos de entrar ou sair do Shopping". 

Já no início da noite desta quinta-feira (22), o Sintclobe criticou, mais uma vez, o Sindilojas, também por meio de nota. "Lamentamos a irresponsabilidade do representante dos empresários Lojistas, ao acusar o Sintclobe de emperrar as negociações por causa de valor de multas. O que de fato emperrou as negociações é o fato de o Sindilojas propor um reajuste pífio de 4,5% diante  de uma inflação oficial de 8%. Digo oficial, porque é só entrar no mercado e ver que a inflação real é muito maior. O Sintclobe nunca fechou uma convenção com reposição de salários abaixo da  inflação e nunca fechará. Quanto a valores de multa só se preocupa com isso que é descumprido de leis e acordos. E esse perfil, queremos crer, não é o dos empresários que estão à frente do Sindilojas. Enfim, a nossa preocupação é em resguardar os direitos dos trabalhadores e qualidade de vida para seus familiares. Mas queremos reafirmar que estamos abertos pra retomar as negociações. Mas de forma responsável. Com propostas que viabilizem a sobrevivência dos trabalhadores", finalizou o presidente Jesus Santana. 

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