Mais de 90% das escolas paraenses terão aumento nas mensalidades, aponta levantamento
O preço das mensalidades tende a acompanhar a disparada da inflação no país
Um levantamento feito pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, revelou que 90,9% das escolas pretendem aumentar o valor da mensalidade para 2022. Na maioria dos colégios pesquisados, o acréscimo será de pelo menos 7%. No Pará, algumas escolas procuradas pela reportagem não divulgaram o percentual de reajuste.
De acordo com o estudo, boa parte dos colégios seguraram os preços temendo a evasão de alunos em meio à pandemia, mas agora o preço das mensalidades tende a acompanhar a disparada da inflação no país, que no acumulado em 12 meses voltou a registrar taxa de dois dígitos (10,78%). A maior parte das escolas pesquisadas (53%) em cinco estados – instituições com 25 mil alunos matriculados – fará um reajuste entre 7% e 10%; dentre esse total, 7,6% informou que o aumento será de 10% a 11%; enquanto 9,1% vai aumentar as mensalidades em 12% ou mais.
O preço que o pai de Bernardo, de três anos, vai pagar por meio período no Jardim I em uma escola no bairro de Nazaré, em Belém, vai ser o mesmo pago pelo período integral na Batista Campos. “Quem paga é o pai dele, né, como somos separados, mas você imagina, primeiro ano do Jardim e ele vai pagar o mesmo que pagava por um dia inteiro na antiga escola, que ele está desde os sete meses, mil e oitocentos reais”, ressaltou a bancária.
Na escola que Aline Lima tem as duas filhas matriculadas, não deu ainda para sentir o impacto para o próximo ano. “Temos muitas crianças da mesma família na mesma escola, então não tivemos reajuste por isso. Na verdade, algumas das crianças tiveram redução do valor justamente pela quantidade de alunos matriculados da nossa família”, explicou.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará esclarece que cada escola tem uma política própria referente a seus encargos educacionais, muito distinta e variada, inclusive em relação aos investimentos e número de alunos que elas possuem. Portanto, desde 2015, não existe mais um índice fechado para definir o valor de matrícula ou mensalidade. Cada estabelecimento tem uma planilha de valores específica e, nesse caso, não há uma média de reajuste, conforme está previsto nos termos da Lei da Mensalidade, onde cada escola tem liberdade para calcular seu próprio índice.
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