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Maioria da população fez corte de gastos em 2021, afirma pesquisa

Dieese aponta que o resultado nacional também foi refletido no Pará durante o ano

Abílio Dantas/ O Liberal
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A queda de renda da população do Pará, em 2021, fez com que alguns gastos das famílias tivessem que ser cortados, ainda que o Estado tenha fechado o ano com saldo positivo de 76 mil postos criados, afirma o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA).

A realidade regional corresponde ao levantamento nacional feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, que mostra que 83% dos entrevistados tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento em 2021.

Entre os entrevistados, 59% tiveram que redirecionar o dinheiro para pagamento de contas do dia a dia, 35% para pagar contas em atraso e 25% para economizar e guardar dinheiro. Já aqueles que realizaram cortes no orçamento, 55% reduziram as refeições fora de casa/delivery, 48% os itens supérfluos de supermercado e 44% cortaram a compra de vestuários, calçados e acessórios.

No Pará, de acordo com o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, as análises econômicas ao longo dos meses mostraram que não basta apenas aumentar o número de empregos para que o poder de compra seja mantido ou aumentado. “É necessário que a gente analise e discuta a qualidade dos empregos gerados. Fechamos o ano com a alta da alimentação, em média, bem acima da inflação do ano, de 10%. Para alguns alimentos, o preço ficou quatro ou cinco vezes mais caro”, afirma Sena.

O economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Pará e Amapá (Corecon-PA/AP), Luiz Carlos Silva, demarca que o comportamento dos consumidores paraenses não difere do resto do país. “Entretanto, o item ‘refeição fora de casa’ talvez tenha um percentual maior entre nós, devido a inflação de produtos alimentícios que foi maior em nosso Estado”, destaca.

Para o economista, olhando para o futuro, existe a possibilidade de uma melhora da economia neste ano, em comparação com 2021. “Os números apontam pra um índice de inflação menor. É uma recuperação, ainda que tímida, no nível de emprego, porém a perda do poder de compra, devido a inflação e diminuição do poder de compra da moeda impedem que sejamos otimistas”, declara.

Restaurantes

O assessor jurídico Fernando Soares, do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHBRS-PA), informa que o setor dos restaurantes, em 2021, registrou a queda do movimento de clientes da alimentação fora do lar. “Há dois fatores: primeiro a queda de rendimentos da população e, segundo, a falta de presença física nos estabelecimentos, pois nem todo mundo é afeito a delivery ou teme o contágio no contato com o entregador. Também houve o crescimento absurdo de concorrência, com muitas empresas utilizando o sistema de delivery. O que ante era um nicho mais concentrado, acabou ficando mais elástico”, justifica.

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