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Instituições públicas emitem alertas sobre tentativas de golpes virtuais

Mensagens enviadas via aplicativo exigem transferências indevidas de dinheiro

Fabrício Queiroz

O Pará tem registrado diversas tentativas de golpes financeiros virtuais envolvendo o uso do nome de instituições públicas. Somente ao longo desta semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Belém (IPMB) e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) emitiram alertas sobre essas manobras em que se utiliza principalmente o aplicativo de mensagens WhatsApp para aliciar as vítimas.

As práticas são semelhantes nos diferentes casos. Segundo a PRF, criminosos usariam o telefone (94) 9259-1275 pedindo doações para realização de uma ação social em Altamira, no sudoeste do estado. Da mesma forma, o IPMB informa que os golpistas tem enviado mensagens exigindo o pagamento de quantias em dinheiro, por meio de transferência via pix, como suposta garantia para o recebimento de proventos de aposentadoria e pensão por morte.

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Por sua vez, o TJPA relata que a atuação era ainda mais ousada, utilizando inclusive o nome de magistrados, servidores e até dados pessoais das vítimas como forma de tornar o golpe mais convincente. Nesse caso, a cobrança estaria relacionada ao pagamento de custas processuais.

Na avaliação da advogada criminalista Brenda Margalho, esse tipo de prática é caracterizada como estelionato, que vem ganhando novas configurações com a popularização da internet. “O estelionato é uma forma de induzir uma pessoa a erro visando obter algum proveito mediante fraude. Tem se tornado mais comum justamente pela facilidade de usar essas ferramentas para conseguir mais vítimas”, explica a advogada, que ressalta que tem acompanhado a recorrência das diversas tentativas de golpe.

“Tenho atendido muitas situações parecidas com essas. Por exemplo, tem um golpe em que mulheres enviam fotos para homens e depois eles são procurados por supostos delegados ou advogados afirmando que existe uma prisão preventiva decretada. Em relação ao Judiciário, eu também cheguei a receber mensagens de clientes dizendo que foram acionados pedindo transferência por pix”, relata Brenda enfatizando que o pagamento de custas processuais só ocorre após as ações terem transitado em julgado.

Diante da vulnerabilidade a que a população está exposta, as instituições vieram a público esclarecer que não fazem qualquer tipo de cobrança por meio da plataforma. “O Poder Judiciário do Estado do Pará não encaminha nenhum tipo de solicitação de pagamento para a conclusão de processo por ligação e Whatsapp. A recomendação é denunciar às autoridades competentes qualquer recebimento de pedido suspeito”, divulgou o Tribunal por meio de suas redes sociais.

A PRF também aproveitou a internet para combater o golpe envolvendo a corporação. “Não pedimos doações em dinheiro e qualquer campanha de doações, que venha a ser realizada pela PRF, será divulgada por nós, em nossas redes e canais oficiais ou através dos nossos policiais da região”, explicou.

Já a Cosanpa divulgou nota em que afirma que “não autoriza pagamentos de faturas por meio de aplicativo, via pix, dinheiro em espécie, por transferência bancária ou cartão de débito”. “Se o usuário precisar emitir a segunda via da fatura, basta acessar o site www.cosanpa.pa.gov.br ou se dirigir a uma loja de atendimento presencial”, acrescenta a companhia.

Por sua vez, o IPMB diz que “em hipótese alguma mantém contatos por telefone e e-mail ou envia mensagens via WhatsApp para solicitar quantias em dinheiro à população em geral para prestar quaisquer serviços que são públicos e gratuitos, bem como para garantir pagamentos de proventos previdenciários que são direitos garantidos aos seus segurados”. O instituto também reforçou que qualquer mensagem ou ligação suspeita deve ser comunicada à polícia.

Brenda Margalho pontua além da comunicação às autoridades também é importante que a população adote medidas preventivas para evitar ser ludibriada, como verificar a veracidade de compras ou processos judiciais nos sites de empresas e tribunais. “Hoje em dia, muitos sites pedem o CPF. Se possível, evite fornecer esse número sem antes verificar para quem você está enviando ou mesmo para que esse dado não se torne público e suas informações fiquem vulneráveis. Em casos em que uma pessoa pede uma transferência de pix também é necessário atentar se é realmente aquela pessoa que vai receber o recurso. Procure ligar ou pedir para enviar um áudio para confirmar essa identidade porque esse é outro golpe que tem se tornado bastante comum”, orienta a advogada.

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