Gás de cozinha aumentou quase R$ 30,00 em um ano em Belém; alta chega a 40%
Somente este ano (janeiro a agosto), o aumento já chega a 25%

Em doze meses, o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13 quilos comercializado em pontos de venda de Belém saiu de R$ 71,25 (agosto de 2020) para R$ 99,75 (agosto de 2021), ou seja, passou a custar R$ 28,50 a mais para os belenenses. O reajuste no período chega a 40%. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA).
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Segundo o levantamento, no acumulado do ano (janeiro a agosto), o aumento foi de 24,52%. Esta alta, ainda de acordo com o Dieese, também se estendeu por todo o Estado do Pará. A entidade diz que em algumas regiões do Estado a situação foi bem pior, pois o preço do botijão de gás de 13 kg já chega a R$ 130,00.
Somente este ano, oficialmente, a Petrobras promoveu seis alterações no preço do Gás de Cozinha, todas com aumentos de preços.
A cabelereira Karina Melo, de 33 anos, diz que os constantes reajustem no valor do gás pesam bastante no orçamento familiar. Ela conta que para driblar os aumentos, tenta economizar o máximo evitando utilizar o forno, preparando os alimentos no carvão em brasa. “Muito das coisas que fazia antes para o meu filho, hoje já não faço mais. Deixei de assar pão e bolo no forno para economizar mais na utilização do gás. O meu feijão também procuro cozinhar no carvão porque demora mais pra aprontar. As comidas que precisam um pouco mais de tempo pra cozinhar, aqui em casa são preparadas na brasa. Ter gás em casa está virando artigo de luxo” diz Karina.
Com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Dieese afirma que, na capital paraense, o preço do botijão teve a seguinte trajetória nos últimos 12 meses: em agosto do ano passado, o produto foi comercializado, em média, a R$ 71,25; encerrou o ano (dezembro) sendo vendido em média a R$ 80,11. No início deste ano (janeiro) foi comercializado ao preço médio de R$ 82,94; em julho já estava R$ 98,38 e, no mês passado, (agosto) foi comercializado em média a R$ 99,75.
“Esta situação é muito preocupante em função da importância do gás de cozinha para um grande número de famílias em todo o Estado e grande parte destas famílias estão desempregadas, tiveram queda de renda e infelizmente nem mesmo conseguiram o auxilio emergencial”, diz a análise do Dieese.
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