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Fortes chuvas fazem despencar vendas no comércio

Movimento no centro comercial de Belém caiu até 60% durante o temporal desta semana

Fabrício Queiroz
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O temporal que atingiu a Região Metropolitana de Belém nesta semana provocou queda nas vendas no comércio. De acordo com vendedores de lojas do centro comercial e ambulantes, os alagamentos, interdições de vias e engarrafamentos afastaram os clientes das ruas e levaram a redução do faturamento que pode chegar a 60%.

Na manhã desta quarta-feira (15), o cenário da capital era diferente daquele observado no dia anterior, quando as cerca de oito horas de chuvas intensas provocaram inúmeros transtornos para a população. Ainda assim, o movimento era tranquilo nos bairros da Campina e Cidade Velha, com muitas lojas vazias, vendedores a espera de clientes e grande parte dos consumidores já circulando com sombrinhas e guarda-chuvas.

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Para os vendedores, a expectativa era de recuperação depois de um dia com muitos prejuízos. “A chuva atrapalhou muito. Inclusive, eu nem trabalhei direito porque não deu pra montar a barraca. Acabei perdendo um dia de trabalho”, conta o ambulante Joelison Silva, que destaca que as vendas menores são frequentes nesse período. “Quando chega nessa época do ano é sempre a mesma coisa. Tem que cobrir tudo, fica aquela correria e os fregueses não aparecem”, completa.

No segmento do comércio formal a realidade não foi muito diferente. Em uma loja de calçados da rua João Alfredo, por exemplo, as vendas caíram pela metade na última terça-feira em comparação com dias normais. “O movimento foi bastante fraco, teve uma média de 50% de queda. As vendas foram um fracasso”, afirma a gerente Lidiane Pena.

Em outro estabelecimento onde o foco é a oferta de confecções a preços populares o impacto foi ainda maior. “Ontem (terça) diminuiu bastante a venda devido à chuva. Funcionamos normalmente, mas de clientes foi zero. Até os camelôs que costumam abrir, fecharam todos. As vendas aqui caíram numa faixa de 60%”, diz o gerente de loja Paulo Assunção.

image Paulo Assunção diz que vendas em loja de confecções caíram 60% durante o temporal da última terça-feira (14) (Ivan Duarte / O Liberal)

ESTRATÉGIAS

Com a expectativa de que o nível de precipitação na Grande Belém continue elevado ao longo desse mês com a intensificação do inverno amazônico, lojistas tem apostado em ações promocionais para atrair os clientes. “A gente sempre faz promoções, coloca anúncios na frente [da loja] pra ver se chama o cliente. Dá mais ou menos resultado devido às chuvas”, acrescenta Paulo.

image Lidiane Pena diz que a oferta de descontos é alternativa para chamar a atenção de clientes (Ivan Duarte / O Liberal)

Da mesma forma, a loja em que Lidiane Pena é gerente tem divulgado a oferta de descontos de 30% a 50% nas compras à vista como principal atrativo. “A gente trabalha com descontos para poder tentar atrair o cliente para a loja, mas mesmo assim as chuvas estão atrapalhando bastante”, reforça.

Enquanto alguns lamentam o impacto do período chuvoso, outros aproveitam para investir e lucrar com produtos mais úteis nessa época. “Eu procuro sempre trabalhar com variedades e em cada época vender uma coisa diferente. Nessa época de inverno, a gente trabalha com sombrinha e guarda-chuva e vai indo bem”, relata o ambulante Reinaldo Mendes, que espalhou os produtos por diversos pontos da rua Santo Antônio.

image O ambulante Reinaldo Mendes aposta que venderá mais sombrinhas e guarda-chuvas durante esse período (Ivan Duarte / O Liberal)

Na região, são diversos os modelos de sombrinhas disponíveis, assim como os preços que variam de R$ 20 a R$ 40. De acordo com Reinaldo, a estratégia visa atender as demandas dos diferentes perfis de consumidor. “Todo ano a gente trabalha com isso. A expectativa é que melhore mais ainda as vendas, por isso que eu gosto de oferecer variedades de acordo com aquilo que o freguês mais precisa”, pontua o vendedor.

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