'Extremamente perigoso', diz UE sobre possível fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã
O Estreito de Ormuz, localizado entre Omã e o Irã, é uma das rotas mais estratégicas do mundo para o transporte de petróleo.

A União Europeia (UE) alertou nesta segunda-feira, 23, que um eventual bloqueio do Estreito de Ormuz por parte do Irã pode trazer graves consequências para a segurança e a economia global. A declaração foi feita pela chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, antes de uma reunião com ministros das Relações Exteriores do bloco.
“As preocupações com retaliações e com a escalada desta guerra são enormes, especialmente com o fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã”, afirmou Kallas a repórteres. Segundo ela, qualquer medida do tipo seria “extremamente perigosa e não seria boa para ninguém”.
O Irã tem sinalizado a possibilidade de adotar essa medida como resposta aos bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas no fim de semana. No domingo, 22, o Parlamento iraniano aprovou uma resolução favorável ao bloqueio. Para entrar em vigor, a decisão ainda precisa da aprovação do Conselho Supremo de Segurança Nacional e do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.
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A ameaça de bloqueio também motivou um apelo do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para que a China atue junto ao governo iraniano. Em entrevista à emissora Fox News, Rubio declarou: “Peço ao governo chinês que converse com eles sobre este assunto, já que dependem em grande medida do Estreito de Ormuz para seu fornecimento de petróleo”.
O Estreito de Ormuz, localizado entre Omã e o Irã, é uma das rotas mais estratégicas do mundo para o transporte de petróleo. Segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA, cerca de 20 milhões de barris passaram diariamente pelo local em 2024. Esse volume equivale a aproximadamente 20% do consumo global de líquidos de petróleo. Especialistas alertam que existem poucas rotas alternativas caso a passagem seja interrompida.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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