Endividamento aumenta em dezembro de 2023, mas inadimplência apresenta pequena melhora

Já a média de endividamento anual registrou sua primeira queda desde 2019, enquanto a inadimplência atingiu quase um terço da população

O Liberal
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O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que os brasileiros viram suas dívidas crescer em dezembro de 2023, embora a inadimplência tenha apresentado leve melhora. O endividamento médio anual registrou sua primeira queda desde 2019, enquanto a inadimplência atingiu quase um terço da população, conforme destacado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da entidade.

A proporção de famílias com contas pendentes aumentou de 76,6% em novembro para 77,6% em dezembro de 2023, porém, ainda inferior ao mesmo período de 2022. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, ressaltou a importância do endividamento para o desenvolvimento econômico, destacando que a inadimplência é resultado da renda baixa e volatilidade econômica.

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Inadimplência diminuiu de 29,0% para 28,8%

O estudo da CNC observa que, embora o endividamento tenha crescido no último mês, as dívidas das famílias em relação ao PIB ainda estão em torno de 30%, em comparação aos 73% nos Estados Unidos. A inadimplência, por sua vez, diminuiu de 29,0% para 28,8%, e a parcela de famílias incapazes de pagar suas dívidas atrasadas recuou de 12,5% para 12,2% em dezembro de 2023.

"Endividamento é algo fundamental para o desenvolvimento econômico, pois o crédito é o trampolim do sistema capitalista", ponderou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial. "A inadimplência é um resultado adverso do endividamento, causado pela renda baixa do brasileiro e pela volatilidade da economia do País", completou.

"O crescimento no endividamento no último mês levanta um ponto de atenção em relação ao endividamento das famílias brasileiras, dado o elevado porcentual das famílias endividadas. Não obstante o elevado porcentual de famílias endividadas, as dívidas das famílias em relação ao PIB estão em torno de 30%, o que não é um porcentual elevado quando comparado ao mercado americano, onde as dívidas das famílias representam 73% do PIB dos Estados Unidos", acrescentou o estudo da CNC.

Na média anual de 2023, o endividamento ficou em 77,8% da população, ligeiramente menor que em 2022. A inadimplência anual, no entanto, aumentou de 28,9% para 29,5%. A CNC destaca a importância de programas de renegociação de dívidas, como o Desenrola, que contribuiu para a queda do indicador de inadimplência no último trimestre do ano.

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