Embrapa apresenta novas variedades de feijão-de-corda, com qualidade superior às atuais

Segundo a empresa, as plantas têm elevado potencial produtivo, sanidade e bom porte e arquitetura

O Liberal
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Grãos com alto valor de mercado, nutritivos, saborosos e com cozimento rápido. São essas as principais características das novas cultivares de feijão-de-corda ou feijão-caupi que a Embrapa Amazônia Oriental está apresentando ao Estado do Pará. Segundo a estatal, as cultivares chamadas BRS Bené; BRS Guirá; BRS Utinga e BRS Natalina são plantas com elevado potencial produtivo, sanidade e bom porte e arquitetura.

Resultado de 40 anos de pesquisa em melhoramento genético de feijão-caupi, também conhecido como feijão da colônia, as sementes têm apelos comerciais diferentes e atendem às demandas de consumo e produção. “Trata-se de um importante aporte tecnológico para a agricultura em escala familiar e empresarial do Pará. Os grãos têm excelente qualidade, bom tempo de panela e bons níveis de proteína, ferro e zinco. Todas elas têm níveis de produtividade bem superior aos materiais atualmente utilizados no campo e se ajustam tanto para colheita mecanizada quanto manual”, afirma o agrônomo Francisco Freire Filho, pesquisador aposentado da Embrapa, que liderou o trabalho de melhoramento genético das cultivares.

As cultivares lançadas pertencem a dois grupos: o caupi tradicional, subclasse cores (marrom, branco e preto); e o caupi da subclasse manteiga com grãos extrapequenos, conhecido popularmente como “feijão manteiguinha”.

A BRS Bené, com grãos graúdos de coloração marrom, tem produtividade média de 1,5 mil quilos por hectare e pode atingir até 2,5 mil kg/ha. Isso representa um aumento de quase 50% na produtividade atualmente atingida no campo. 

O tamanho graúdo e formato dos grãos também é um dos diferenciais da BRS Utinga, de coloração branco-rugosa. A produtividade média dessa variedade é de 1,3 mil quilos por hectare, chegando até 2,3 mil kg/ha. Os grãos têm teor médio de proteína de 25% e o tempo de cozimento é de 11 minutos. 

A BRS Guirá, de grãos pretos, completa o grupo das cultivares tradicionais. É a primeira feijão-caupi de cor preta recomendada para o Estado do Pará. Os grãos apresentam teor de proteína de 29%, o que confere boa qualidade nutricional ao produto. A produtividade média é de 1,4 mil kg/ha, e pode chegar a 2,3 mil kg/ha. 

A BRS Natalina é a primeira cultivar do Brasil para o tipo "manteiguinha", tradicional, principalmente, na região Oeste do Pará, onde é conhecido como “feijão de Santarém”. Apresenta grãos uniformes, extrapequenos, com potencial produtivo superior aos materiais crioulos utilizados pelos agricultores. “Atualmente, os materiais cultivados pelos produtores são oriundos de sementes crioulas de ciclo longo, mais de 90 dias, com alta variabilidade genética e produtiva, além de grãos desuniformes”, conta Freire. O nome Natalina é uma homenagem à cientista Natalina Tuma da Ponte, uma das pioneiras na pesquisa com feijão-caupi na região Norte e no Brasil.

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