Em outubro, cerca de 3,2 milhões de domicílios tiveram apenas renda do auxílio emergencial
Número corresponde a 4,75% do total de domicílios brasileiros
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (4), que, em outubro, 27,86% dos domicílios brasileiros não tiveram renda proveniente do trabalho e 4,75% contaram apenas com o auxílio emergencial, sem qualquer outra fonte de renda, o que corresponde a cerca de 3,25 milhões de famílias. Na comparação com setembro, porém, diminuiu em aproximadamente um milhão o número de famílias dependentes exclusivamente da ajuda emergencial do governo diante da pandemia do coronavírus, uma queda de aproximadamente 1,25 ponto percentual. "É a primeira queda mais substancial dessa proporção desde junho", destacou o Ipea.
O cálculo do Ipea foi feito a partir da Pnad-Covid, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho. A proporção de domicílios que sobreviveram apenas com o auxílio emergencial, segundo o instituto, foi significativamente maior no Nordeste e alguns Estados do Norte. No Amapá, por exemplo, esse índice chegou 11,4% em outubro. Maranhão e Piauí também apresentaram proporção superior a 10% dos domicílios exclusivamente dependentes do auxílio.
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