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Economia sustentável ganha espaço em Belém

A 'economia verde' promove o consumo consciente a e preservação do meio ambiente. 

Laís Santana

No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste sábado (5), empreendimentos criados com base na economia sustentável reforçam que é necessário preservar o meio ambiente a partir do consumo consciente e sustentável. Atualmente, o Brasil e a Amazônia se encontra no centro dos debates internacionais sobre preservação das florestas, devido aos altos índices de desmatamento registrados nos últimos anos. 

Também conhecida como economia verde, o segmento econômico que estimula a sustentabilidade e a redução da exploração ambiental tem ganhado cada vez mais espaço em Belém. Lojas, produtos e serviços são encontrados em vários pontos da cidade, espalhando pela capital paraense a ideia de uma economia que melhora o bem-estar da humanidade e proporciona a igualdade social, ao mesmo tempo que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica. 

O mercado de produtos sustentáveis Aldeia Verde - ligado ao Instituto Alachaster, organização que promove a sustentabilidade e a economia criativa - é um exemplo de espaço que vem promovendo o estilo de vida sustentável na região. Reunindo produtores de diversos segmentos, o local expões artigos feitos a partir do artesanato, do reaproveitamento de materiais e de produtos naturais. 

“A Aldeia Verde surgiu a partir de feiras culturais, de artesanato e de empreendedorismo criativo. Nessas feiras nós levávamos produtos voltados para a sustentabilidade, e encontramos vários empreendedores criativos que também tinham produtos muito ligados a esse viés, além de trazer as práticas tradicionais da nossa região como uma possibilidade de renda”, conta Soraya Costa, responsável pelo estabelecimento. 

Hoje, mais de 30 empreendedores locais são parceiros da loja e mais de 100 empreendedores fazem parte da rede do instituto. Na avaliação de Soraya Costa, a sustentabilidade e a economia sustentável se tornaram tendências importantes de mercado. 

“Estamos chegando em um ponto de não retorno, se é que esse ponto já não foi alcançado. Cada vez mais pessoas serão impactadas e se sensibilizaram com essa proposta de adotar um estilo de vida sustentável, de comprar do produtor local e de entender que a sustentabilidade é muito mais do que fazer uma atividade que beneficie o meio ambiente. Uma economia sustentável é integradora, ela aproxima as pessoas de uma mesma região”, ressalta. 

Pensando em atender a uma demanda de mercado sem gerar impactos ao meio ambiente, os sócios e companheiros Oscar Lifschiitz e Waxel Silva criaram a Eco Delivery, uma iniciativa LGBTQIA+ que realiza entregas para outras empresas somente de bicicleta comuns e elétricas. 

“A Eco Delivery nasceu como forma de resistência e também apoio a micro empreendedores que salvaram seus negócios optando por serviços de entregas. Umas das principais ideias e propósitos por trás da Eco é o estímulo a não emissão de gases poluentes. Para além da conscientização sobre a maneira nociva que utilizamos os recursos naturais do planeta, a Eco também serve como conector entre empreendimentos e pessoas reais que estejam engajadas na preservação ambiental, inclusive como plataforma de trabalho”, pontua Oscar Lifschiitz. 

Com 8 meses de existência, o serviço de entregas possuí mais de 90 lojas, marcas e empreendimentos que já realizam suas entregas de maneira 100% sustentável.

“Nosso maior retorno tem sido a adesão de empreendedores de toda Região Metropolitana de Belém. É emocionante e encorajador perceber que empreendedores paraenses já estão cansados de ficar somente no discurso, enquanto nossa Amazônia é queimada. Vale lembrar que parte desse retorno só é possível porque contamos com a dedicação e comprometimento de mais de 30 eco entregadores em Belém, Icoaraci, Ananindeua, Marituba e Outeiro”, acrescenta Lifschiitz.

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