Dá para financiar casa ou carro com a Selic tão alta? Especialistas dão dicas

Taxa básica de juros bateu 12,75%, encarecendo crédito para combater inflação

O Liberal

O Banco Central anunciou na noite de quarta-feira (4) uma nova alta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, que chegou a 12,75% ao ano, o maior patamar desde janeiro de 2017. O ciclo de altas da taxa, que em menos de um ano saltou mais de 10%, reflete na disponibilidade de crédito e financiamentos imobiliários e de compras de veículos, por exemplo.

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Enquanto em janeiro de 2021 os juros médios para alguém comprar uma casa era de 7% no Brasil, em fevereiro de 2022 o número chegou a 8,1%. Com o financiamento de carros a alta foi mais expressiva no período: escalou de 20,2% para 26,9%. 

Felipe Maia é corretor e lembra que a melhor saída é pesquisar muito antes de contratar um financiamento. Ele dá algumas dicas, como juntar uma entrada maior para negociar as porcentagens e buscar crédito financeiros atrelados à poupança.

"É preciso pesquisar bem entre todas as opções de crédito disponíveis no mercado, pois sempre há diferença de banco a banco. Mas acreditamos que o mercado tem espaço para crescer em 2022", afirma. 

Quem mais vai sofrer com a medida, segundo Maia, é a população com menor poder aquisitivo, que compra imóveis "de entrada", ou seja, com financiamentos de até R$50 mil ou com menos de 80 metros quadrados.

"Já os imóveis de luxo e de alto padrão não serão tão afetados, pois para o rico mil reais a menos ou a mais no financiamento não muda tanta coisa. Para uma família mais humilde, R$ 100 a mais já é uma grande diferença", conta.

Dica é evitar financiamentos a longo prazo

Para a economista Izabel Ferreira, é importante lembrar que todo o mercado espera que a taxa Selic siga crescendo até 2023, ou seja, é bom evitar financiamentos, especialmente os de longo prazo.

"Quem esperar mais um pouco vai sair no lucro, porque a Selic cresce para combater a inflação. Aos poucos, a inflação deve diminuir e a Selic também. Por enquanto é bom botar o planejamento da casa própria na gaveta e reavaliar tudo em janeiro de 2023", recomenda.

Ela recorda um estudo feito por um matemático que a deixou impressionada: os juros atuais podem provocar uma diferença de R$100 mil em um imóvel de R$300 mil financiado ao longo de 30 anos.

"Olha o impacto disso em um orçamento familiar. É muito grande. Ninguém garante que a casa que você quer comprar estará do mesmo preço em 2023, mas se ela subiu mais da metade da taxa de juros atual ou da inflação em menos de um ano, talvez seja melhor procurar um outro imóvel", diz. 

O economista Valfredo Farias conta que a Selic também impacta os empresários pois inibe a produção, já que o dinheiro fica mais caro. "Quando o empresário deixa de fazer investimento, ele contrata menos. Você está diminuindo a renda da população. Por isso, também, que o financiamento de casa e carro fica bem mais caro", conta. 

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