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Costureira passa de roupas infantis para a confecção de máscaras

Marília deseja ter seu trabalho de confecção infanto-juvenil reconhecido através do projeto

Debora Soares

Marília Lima, 39, é micro empreendedora do ramo de costura e confecciona peças personalizadas com nomes, estampas, fotos, entre outros, para crianças e recém-nascidos, principalmente em épocas festivas como mesários, festas juninas e festas à fantasia, por exemplo. Porém com a chegada da pandemia e o impedimento da realização de festas e a restrição quanto ao número de pessoas por ambiente, as encomendas desse setor do vestuário cessaram e a costureira precisou então se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia de Covid-19, confeccionando agora máscaras e vestimentas de proteção personalizadas.

Há dez anos, a modista decidiu montar o seu próprio ateliê de costura, se especializando em roupas personalizadas, principalmente as infanto-juvenis, por que viu nesse ramo a oportunidade de ser diferente das demais costureiras da cidade.  Ela sempre contou com a ajuda do esposo, Marcel Lima, para fazer os designers diferenciados que estampam as roupas dos clientes. 

A modista já confecciona roupas desde os oito anos de idade. Quando via sua mãe costurando, se encantava com as peças elaboradas pela matriarca, passando a criar suas próprias roupas e de suas bonecas. Essa herança fez Marília se interessar pela arte da costura e procurar se aperfeiçoar desde os 18 anos de idade. “Toda vez que minha mãe sentava para costurar, eu ficava observando como ela fazia. Quando ela saia eu me aventurava na frente da máquina, só que eu sempre acabava quebrando as agulhas e embolando as linhas. As roupas saíam um desastre, com a costura toda torta, mas já fazia alguma coisa”, comenta a modista.

Mas com a chegada do novo coronavírus modificando a vida de bilhões de pessoas pelo mundo, a empreendedora viu suas vendas diminuírem consideravelmente, foi então que decidiu se adaptar à nova realidade. Sem deixar de lado a personalização que é até hoje o seu diferencial, ela passou a produzir máscaras e jalecos com nomes, fotos e imagens, tudo de acordo com o gosto do cliente.

A costureira é telespectadora assídua do jornal Bom Dia Pará, da TV Liberal e foi assistindo a uma matéria que ela se interessou e resolveu se inscrever para participar do projeto Continue Vendendo, do Grupo Liberal. “Na hora me animei e chamei meu marido para fazermos a inscrição”, afirma Marília.

 

PROJETO

O Continue Vendendo é um projeto idealizado pelo Grupo Liberal que busca diminuir os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, principalmente nos setores mais frágeis da economia: os micro e pequenos empresários. Essa parcela da população, na grande maioria, só tem o próprio negócio para tirar o seu sustento e de toda a família e, com a chegada da Covid-19 no Pará, todos os estabelecimentos comerciais tiveram que fechar as portas. Os micro e pequenos empreendimentos foram os que mais sofreram com tantas restrições.

O projeto surgiu com a finalidade de dirimir esses percalços divulgando e apoiando os micro e pequenos negócios, como forma de fomentar a economia local e ajudando na retomada do mercado econômico do Pará.

Apesar de ter a sua própria marca, o ateliê de Marília também produz roupas que são vendidas nas grandes lojas de Belém, mas ela não assina essas peças. Por isso, espera que o projeto do Grupo Liberal dê a repercussão necessária para que as pessoas conheçam seu trabalho. “Eu espero que as pessoas possam me ver também, porque até então as pessoas só têm a ideia de que as grandes empresas e grandes marcas é que realizam um bom trabalho e, na maioria das vezes, elas não sabem que somos nós, os pequenos, que fabricamos os produtos para essas marcas”, relata a costureira.

Serão divulgados os serviços e produtos das mais diferentes áreas do mercado estadual, que estão com dificuldades para se reerguer neste novo cenário mundial, compartilhando as mais diversas e criativas práticas empreendedoras pensadas por cada profissional.

 

SERVIÇO

As inscrições no projeto estão acabando. Os micro e  pequenos empreendedores que se interessarem têm só até junho para realizarem as inscrições através do portal OLiberal.com/continuevendendo. Todas as pessoas cadastradas passarão por análise e avaliação e as que tiverem seus registros contemplados aparecerão nos jornais O Liberal e Amazônia e portal OLiberal.com.

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