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Construção civil tem crescimento de apenas 0,43% no Pará

Estado ficou apenas em 16ª na comparação com o resto do Brasil

O Liberal

O índice da construção civil no estado do Pará subiu 0,43%, indo de 0,78% em março para 1,21% em abril. Os dados são do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil e foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.  Apesar da alta, na comparação com o mesmo período do ano passado, a pesquisa aponta que os índices ficaram 0,83% menores, já que em abril de 2021 a taxa era de 2,04%. Sendo assim, abril de 2022 teve a sexta maior alta nos últimos 12 meses no Pará. O melhor mês para a indústria da construção civil neste período foi o de outubro de 2021, quando o índice registrou alta de 4,61%.

Já o custo da construção por metro quadrado no estado do Pará foi de R$1.573,51, sendo R$1.002,56 relativos a materiais de construção em geral e R$570,95 relativos a mão de obra.
Quando se fala a respeito do país como um todo, a taxa de crescimento da construção civil foi semelhante à do estado, atingindo também o valor de 1,21%, subindo 0,22% em relação a taxa do mês anterior (0,99%). Foi a maior taxa desde agosto de 2021. Em abril de 2021, o índice foi 1,87% no Brasil. O acumulado nos últimos doze meses foi a 15%, portanto, menor que os 15,75% registrados nos doze meses anteriores, entre abril de 2020 e abril de 2021. A pesquisa também apontou que o custo da construção no Brasil por metro quadrado, foi de R$ 1.567,76 em abril, sendo R$ 944,49 relativos aos materiais e R$ 623,27 à mão de obra.

Segundo a pesquisa, o Pará ocupou a 16ª posição na lista de altas entre as 27 unidades da federação. Em relação à variação percentual no ano, a taxa do estado do Pará ficou em 3,48%, enquanto a variação percentual em doze meses foi de 16,49%.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará, Alex Carvalho, os dados apontam, mais uma vez, para uma escalada de preços de materiais de construção bem acima da variação obtida neste mesmo período para outros componentes deste indicador, no caso a mão de obra e o custo de equipamentos. 

"Esta realidade é de se lamentar e perceber que a escalada de preços permanece mesmo tendo atingido patamares insustentáveis, que já demonstram impactar no segmento como um todo, como na evolução do ritmo de obras públicas e na inibição de novos lançamentos imobiliários, especialmente empreendimentos habitacionais voltados à população de baixa renda", afirma. 

De acordo com Carvalho, esses aumentos de custos têm provocado uma redução significativa na geração de empregos no setor da construção. Para ele, não é coincidência que os números divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados em relação ao segmento tenham apresentado um saldo negativo em praticamente todos os meses de 2022. "Precisamos inverter essa lógica, frear o aumento de preços de matérias através de um choque de ofertas de produtos e, a partir de então, retomar o processo de crescimento de um dos setores mais importantes para a geração de emprego e renda no Estado do Pará", diz.

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