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Compras on-line de final de ano devem ter atenção redobrada 

Entre setembro e outubro de 2021, as tentativas de golpe aumentaram 208%, segundo a empresa russa Karpersky: de 627,5 mil casos para R$ 1,9 milhão.

Sérgio Chêne

“Preciso fazer a transferência para conta de uma prima minha. Teu aplicativo do banco está normal?” A mensagem curta é de outubro deste ano, e foi enviada pelo aplicativo messenger da conta do Facebook de Luis Rebelo, 42, à Glicia Miranda, 40. Ele mora em Santarém e ela em Belém. Os dois tratavam de algo rotineiro, mas não real, pois naquele momento um golpe estava em curso, que foi bloqueado depois que a madrinha ligou para o afilhado. “Eles me clonaram, madrinha, mas já tomei as medidas necessárias”, afirmou o professor santareno.

A tentativa de golpe é só um exemplo e reforça os cuidados que os consumidores devem ter no período das compras de Natal e demais feitas durante o final do ano. Um relatório divulgado recentemente pela empresa russa Karpersky, denominado “Black Friday 2021: como fazer compras sem cair em armações” revela um crescimento de 208% em tentativas do phishing financeiro em processo de pagamento on line – artifício utilizado para o cometimento de golpes virtuais. Se em setembro deste ano foram computados 627,5 mil casos, em outubro o salto foi para R$ 1,9 milhão no mês de outubro, revelou empresa que atua em 200 países.

No estudo russo, ficou demonstrado que os pagamentos on line utilizando as plataformas do WhatsApp Pay  e do sistema Pix colaboraram para o aumento nos casos de tentativas de phishing.

A advogada Crystiane Bastos, 36, com experiência em Direito de Proteção de Dados e Compliance de Proteção de Dados, orienta os consumidores no momento das compras on line e a postura que devem adotar durante as transações no mercado cibernético. “O usuário tem que se atentar para algumas questões como protocolo de segurança (tem que ter aquele cadeado no alto página), observar um sistema de pagamento seguro, verificar a possibilidade de duplicidade de site”, destaca a advogada.

A advogada chama atenção também para a prova social, que são os comentários feitos após a postagem de anúncios virtuais. “É bom verificar se os clientes, as pessoas que adquiriram algum produto ou serviço, estão dando credibilidade ao que é oferecido”, frisa Crystiane. Ela orienta também fazer um boletim de ocorrência tão logo a pessoa se sinta lesada na compra feita, assim como recorrer ao Procon e à justiça comum. Se a fraude for identificada na compra à distância, a empresa tem a obrigação de ressarcir o valor no prazo de uma semana.

Quem passou por uma experiência de fraude foi a biomédica Brenda Lacerda, 22. Há dois meses, ela teve o cartão de crédito clonado durante a compra realizada em uma farmácia no centro de Belém. Inicialmente, duas compras nos valores R$ 4,00, R$ 49,00 foram feitas, mas, no mesmo dia, a jovem identificou uma transação no valor de R$ 5 mil. “Eu liguei para administradora dos cartões e, por pagar um seguro, pude reaver os valores, mas disse que não tinha feito compra nenhuma, e eles disseram que o meu cartão tinha sido clonado”, assegurou.

Professor universitário na área de tecnologia, Willys Campos, 48, reforça os cuidados com o comércio eletrônico. “Andar no mundo digital é o mesmo que andar na rua, no mundo físico”, adianta. “É sempre bom acessar links confiáveis, qualquer domínio estranho, desconfie, suspeite. Deixe o antivírus do computador sempre atualizado”, disse o docente que leciona há 20 anos.

Dicas para prevenção de golpes on line

Verificar se protocolo de segurança do site está ativo (cadeado no alto da página)

Checar a existência de pagamento seguro 

Verificar a possibilidade de duplicidade de site

Observar os comentários do produto oferecido (pesquisa social)

Atualizar o antivírus do computador

Pedir ao banco um aplicativo de segurança para compra on line

Ter cuidado quando receber mensagem de atualização do WhatsApp

Manter os cuidados com o recebimento de e-mails promocionais 

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