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Comércio de Belém movimenta interior: centro abastece lojistas de ilhas e municípios vizinhos

Pequenos revendedores de regiões como Marajó, Abaetetuba e bairros encontram no centro comercial de Belém variedade, preço e logística que impulsionam as vendas.

Jéssica Nascimento
fonte

Muito além de atender os consumidores da capital, o comércio de Belém tornou-se ponto estratégico para o abastecimento de pequenos lojistas e vendedores autônomos de bairros da capital e municípios do interior do Pará. Vindo de barco, ônibus ou transporte particular, esses revendedores circulam semanalmente pelo centro da cidade em busca de mercadorias com bom preço, variedade e condições facilitadas de entrega.

image (Foto: Igor Mota)

Belém como polo de abastecimento regional

O diretor do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Belém (Sindilojas), Muzaffar Said, explica que aproximadamente 30% dos clientes do comércio da capital vêm de fora de Belém, incluindo feirantes, ambulantes e microempreendedores. 

“Eles abastecem os bairros, as feiras e o interior. Vêm com frequência, praticamente toda semana”, afirma.

Para dar conta dessa demanda, lojistas do centro oferecem apoio logístico — seja organizando o envio das compras via barco, rodoviária ou por serviços como Uber e táxi. Alguns clientes utilizam veículos próprios, e outros preferem se deslocar pessoalmente, chegando bem cedo à cidade para garantir a volta no mesmo dia com as mercadorias.

image Muzaffar Said. (Foto: Igor Mota)

A dinâmica intensifica-se em datas comemorativas, quando o movimento nas feiras e bairros cresce e, consequentemente, aumenta também a procura dos revendedores por produtos no centro. 

“Esse ciclo movimenta outros setores como transporte e alimentação. O comércio inteiro se aquece”, diz Muzaffar.

Redes, lençóis e confiança no WhatsApp

Na prática, a experiência de Jenifer Lorena, gerente e dona de uma loja tradicional de redes de dormir no centro de Belém, confirma a relevância dos clientes do interior. Segundo ela, cerca de 40% das vendas têm como destino localidades como Abaetetuba, Ilha das Onças e o arquipélago do Marajó. 

image Jenifer Lorena. (Foto: Igor Mota)

“Eles vêm cerca de duas vezes por mês, mas metade já compra direto pelo WhatsApp. A gente separa o pedido e entrega no porto, tudo identificado”, conta.

Jenifer destaca que o diferencial está no relacionamento. O atendimento inclui fotos, vídeos e detalhamento dos produtos, como textura e combinação de peças — especialmente importantes para quem vai decorar o quarto com redes, colchas, lençóis e cortinas no mesmo padrão. 

“A cama deles é a rede, então eles valorizam esse tipo de produto. E confiam porque a gente faz tudo certinho.”

Produtos variados, preços acessíveis

Entre os itens mais procurados por esses revendedores estão roupas, bijuterias, calçados e, principalmente, confecções e utilidades domésticas. 

image (Foto: Igor Mota)

De acordo com Muzaffar Said, o centro de Belém oferece uma variedade de produtos para todos os públicos e bolsos. A concorrência entre os lojistas contribui para manter os preços atrativos, especialmente para compras no atacado.

A expectativa é que essa dinâmica siga aquecida nos próximos anos, à medida que mais empreendedores do interior percebem as vantagens de abastecer os estoques na capital. 



 

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Economia
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