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Com alterações nas regras para restaurantes, empresários esperam movimento no Dia dos Pais

Entre as mudanças estão o aumento da capacidade do salão, de 40% para 50%, e autorização dos serviços de buffet, na modalidade self service

Keila Ferreira

Às vésperas do Dias dos Pais, uma das datas comemorativas mais importantes para restaurantes e a primeira depois da autorização de reabertura desses estabelecimentos, a Prefeitura de Belém publicou decreto flexibilizando algumas regras do protocolo específico do setor. O limite de funcionamento subiu de 40% para 50% da capacidade do salão. Além disso, foi autorizado o serviço de buffet, na modalidade self service, mas seguindo uma série de restrições – antes, as refeições só podiam ser oferecidas a la carte. Os restaurantes defendiam ampliação no limite de pessoas por mesa, mas não houve alteração nesse sentido. Continua autorizado no máximo quatro pessoas em uma mesa.

Entre as regras para o funcionamento do buffet está o fornecimento de luvas descartáveis aos clientes que tiverem acesso às refeições ou manter funcionários para servir cada cliente; demarcar distanciamento de 1,5m entre as pessoas, durante o self-service e registro do peso na comanda; e equipar o buffet com barreira de proteção contra saliva, de fácil higienização. As normas foram publicadas no Diário Oficial do dia 4 de agosto. 

“Isso acaba inviabilizando muitos estabelecimentos a não voltarem com esse trabalho, porque é um custo alto. A única coisa que nós não podemos ter nesse momento é aumento de custo, porque estamos só há trinta dias de retorno. A flexibilização está vindo, mas a Prefeitura está aguardando esse retorno de férias para entender como vai se comportar a população diante dos acontecimentos de julho. Esse setor está sendo liberado paulatinamente, até chegar na normalidade”, diz a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Pará (Abrasel/PA), Rosane Oliveira..

Quanto ao limite de cadeiras por mesa, ela explica que quando fica demonstrado que são da mesma família e estão no convívio diário, alguns estabelecimentos procuram liberar até seis pessoas na mesa. Passando disso, a estratégia é colocar as mesas dos familiares mais próximas.  “Nada disso está sendo fácil pra gente, porque é uma operação difícil de controlar. Você tem que abordar, saber se é pai, mãe, coloca o cliente numa situação desconfortável, alguns entendem, muitos não entendem. A gente tem que acatar as exigências”.

Essa norma é uma das que mais gera preocupação para o Dia dos Pais, já que existem famílias grandes, com bem mais de quatro pessoas. Ainda existe, por parte do setor, a expectativa de uma maior flexibilização da Prefeitura, até domingo. Depois de passarem por outras duas importantes datas, Dia das Mães e Dia dos Namorados, com as portas fechadas, em razão das restrições impostas como forma de prevenção ao novo coronavírus, os restaurantes apostam no Dia dos Pais para melhorar o movimento, que já vem dando sinais de recuperação ao longo das últimas semanas.

“Como ainda não está liberado essa parte de clubes com piscina, playground para crianças, a gente acredita que vai ter procura considerável para o Dia dos Pais. Até porque, hoje, os estabelecimentos estão seguros, está todo mundo exigindo máscara, álcool gel, alimentação. Tudo isso é o que a pessoa quer, segurança no estabelecimento. O cliente também precisa contribuir no sentido de usar a sua máscara durante a circulação interna no ambiente”.

Proprietário de um restaurante na capital, Nazareno Alves também vive a expectativa para a data. “A gente sabe que a pandemia ainda está aí, nós estamos lutando contra ela. É um dia que a gente espera bastante movimento, mas é um dia que a gente se prepara, fica também com receio. A gente espera esse crescimento, sabendo que tem as limitações. Nós vamos continuar com todos os cuidados, não podemos relaxar em relação a isso”, declarou, afirmando que, apesar da data aquecer o setor, está sendo esperado um faturamento cerca de 40% menor do que no ano passado.

No dia das mães, os restaurantes dependiam de aplicativos de entrega, que segundo Nazareno falharam muito, sem estrutura e, por isso, foi um caos para o setor.  “No Dia dos Pais, a gente sabe que não vai acontecer isso porque deu uma normalizada. No outro feriado, a gente só podia contar com os aplicativos. Agora, o delivery continua, mas a gente já está feliz porque os restaurantes estão funcionando e nós estamos muito ansiosos com essa flexibilização do Prefeito, até porque essa COVID-19  para o nosso setor foi terrível. As expectativas são as melhores possíveis”, declarou. “Quando estava tudo parado, era um beco sem saída. Agora está funcionando, almoço, jantar, nossa clientela voltou, e há uma expectativa para essa retomada. A gente entende que ainda vai ter que enfrentar muitos desafios. Nós vamos ter que ser mais estratégicos ainda, inovar mais, porque até agora, ajuda mesmo, do Governo Federal, não veio nada, a não ser o dos salários”, completou, referindo-se às medidas provisórias que possibilitaram suspensão do contrato de trabalho e redução de jornada.

Para atravessar esse momento, Nazareno contratou consultoria online e gestor para ajudar na retomada. “Porque a gente sabe que sozinho fica difícil se recuperar o mais rápido possível. Nós estamos atuando mais fortemente no delivery e fizemos o treinamento da equipe”, concluiu.

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Economia
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