Colecionar dinheiro antigo pode ser negócio rentável em Belém, dizem colecionadores 

Os valores do dinheiro antigo variam bastante, podem ir de R$ 50, R$ 300 e até R$ 15 mil, dependendo da especificidade da peça de colecionador

Valéria Nascimento
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Para muitos o ato de colecionar é uma arte, uma paixão, um negócio, ou tudo ao mesmo tempo. Em Belém, quando o assunto é dinheiro antigo, não são poucos os colecionadores de moedas e notas específicas. Os valores variam bastante, podem ir de R$ 50, R$ 300 e até R$ 15 mil, dependendo da especificidade da peça. 

A Praça da República é um ponto de encontro aos domingos, em bancas pela lateral da Rua Osvaldo Cruz, mas há também a compra e venda e troca de informações em reuniões presenciais na casa de conhecidos e mesmo por sites online.

“Há 14 anos, eu ganhei uma nota de 50 cruzados de uma pessoa da família, uns dias após eu achei várias moedas antigas em um armário na casa da minha avó e fiquei fascinado com aquilo”, contou na última quarta-feira (13), o engenheiro ambiental e sanitarista, Paulo Dias, morador do bairro da Marambaia.

Engenheiro, Paulo Dias, mostra coleção de moedas e notas antigas

Paulo foi aumentando a coleção de dinheiro antigo, tanto de moedas quanto de notas e até dinheiro de outros países. Ele diz que, em média, os preços na capital paraense acompanham os do comércio eletrônico, em que moedas específicas custam R$ 50, R$ 300, e até R$ 15 mil.

Negócio rentável

"Acredito que é um negócio rentável, mas o item de coleção é muito mais valioso para o colecionador do que o valor de mercado estipulado para esse item", afirma Paulo Dias. Ele contou que até ganha peças de pessoas conhecidas.

“Mas, também costumo aumentar a coleção com compras na Internet ou até mesmo em feirinhas aqui em Belém, onde também encontro pessoas que vendem”, destaca Paulo.

Roberto Lima é um experiente antiquário de Belém e testemunhou uma geração de grandes colecionadores de dinheiro antigo na cidade. “Eles já faleceram, ou pela idade, ou pela covid-19”, afirma Roberto, que trabalhou por 15 anos como colecionador de dinheiro antigo.

"Colecionar não é só um prazer, mas também um Investimento. Trabalhei por uns 15 anos. Normalmente, na Praça da República ou encontros de Numismática [expressão grega que designa o estudo do ponto de vista histórico das cédulas, moedas e medalhas]", explica Roberto Lima.

O colecionador afirma que a Numismática é a primeira escolha para começar uma coleção: "É algo do seu cotidiano e fácil de fazer. Não foi diferente comigo, por muitos anos colecionei e comercializei cédulas e moedas e foi muito boa época”.

Atualmente estou na área de manuscritos, documentos em geral, livros e afins, na Praça da República’’, disse ele, que não recomenda compras em sites. “Muitos colocam valores acima da realidade”, enfatiza Roberto Lima.

Na Praça da República se encontram pessoas como Fragoso. “Não sou um colecionador, mas um comerciante de artigos colecionáveis”, disse ele que tem uma banca na Praça da República, pela lateral da Rua Oswaldo Cruz, e uma pequena loja. “Não trabalho com moedas raras e sim com as mais simples, o mercado de Belém não tem muitos clientes para moedas raras”, faz questão de dizer.

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Inglaterra imprimia o dinheiro brasileiro. Veja a trajetória: 

• Na trajetória de mais de 500 anos, o Brasil já teve muitos tipos, nomes e cores de dinheiro.
• No passado, eram os Réis, dinheiro criado com finalidade específica para o mercado do café.
• A cédula de dinheiro só começou a circular no Brasil em 1833 no Império.
• E quem imprimia essas notas eram bancos estrangeiros
• De 1833 até por volta de 1940, a impressão do dinheiro brasileiro era por bancos americanos, após essa data e até o início dos anos de 1960, a Inglaterra era quem imprimia o dinheiro do Brasil.
• A nota de 5 Cruzeiros foi a primeira cédula emitida pela Casa da Moeda do Brasil no início dos anos 1960.

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