Celulares pré-pagos no Pará podem ser bloqueados

Para manter as linhas ativas, paraenses devem fazer recadastramento telefônico neste mês

Redação Integrada
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Paraenses que são clientes de operadoras de telefonia em planos pré-pagos têm até o dia 18 de novembro para fazer o recadastramento e atualizar dados pessoais, se não quiserem ter o serviço telefônico bloqueado. A operação é parte do projeto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a criação do cadastro nacional de usuários dos serviços de telefonia celular pré-paga. Além do Pará, consumidores de outros 16 Estados receberão a mesma vistoria.

Dados coletados pela Anatel no mês de agosto mostraram que, no Pará, existem 5.345.127 linhas telefônicas pré-pagas habilitadas, nos códigos 91, 93 e 94, mas a Anatel lembrou que nem todas as pessoas precisam passar pelo procedimento; apenas os clientes que possuem dados desatualizados ou pendências cadastrais e foram notificados por suas respectivas operadoras, por meio de mensagens de texto ou ligações. Procuradas pela reportagem, as empresas Tim, Vivo, Claro e Oi informaram que a Anatel é responsável pela divulgação de dados referentes à operação. No entanto, a agência adiantou que só poderá liberar o número de linhas irregulares no Estado após o fim do recadastramento.

Na primeira fase da operação, realizada em Goiás, foi constatado que existem 2,9 milhões de linhas móveis pré-pagas. Após a campanha, das 7,9 mil linhas com cadastros desatualizados, 3,6 mil foram atualizadas e 4,3 mil bloqueadas, o que representou 46% de ajuste dos cadastros incompletos ou irregulares.

Já na segunda fase, realizada no Distrito Federal e nos Estados do Acre, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, além das regiões abrangidas pelos códigos 61 e 64, ambos de Goiás, das 80 mil linhas com cadastros desatualizados, mais de 29 mil foram atualizadas e 40 mil bloqueadas, o que representou 37% de ajuste nos cadastros incorretos.

Planos

Acadêmica de Fisioterapia, a paraense Thaís Pires, de 24 anos, já fez o cadastro após receber mensagem de texto. Ela disse que prefere usar o modelo pré-pago porque é possível controlar quanto gasta e não ficar devendo. “Eu tentei buscar planos baratos em que eu poderia pagar o valor no final do mês, mas boa parte deles dependia de quanto eu uso de internet, no final do mês poderia ficar mais caro do que eu pensava. Já os que são fixos são mais caros. Preferi não comprometer meu cartão de crédito com isso”, explicou a estudante.

Em vez disso, Thaís faz uma recarga semanal de R$ 10 reais. Depois de colocar o crédito no número de celular, ela pode usar os serviços de ligação, internet e mensagem de forma ilimitada durante uma semana. Quando encerra o período, o plano chega ao fim e outra recarga do mesmo valor deve ser feita. “Prefiro ficar nessa modalidade até conseguir um emprego”, disse.

Wi-fi

Já a dona de casa Francisca Damasceno, de 57 anos, não paga pelos créditos celulares toda semana, só quando há necessidade. Como ela tem familiares que moram em outras cidades, precisa entrar em contato com eles; só nessas ocasiões recarrega o celular. “O meu marido colocou Wi-Fi na nossa casa, então uso mais a internet mesmo. Às vezes consigo até fazer ligações dessa forma, mas nem sempre a conexão lá é boa, então nessas horas coloco crédito”, contou. Mesmo sendo cliente fiel da operadora desde quando comprou seu celular, Francisca ainda não fez a atualização e nem sabia da operação.

Esta já é a última fase do procedimento, que iniciou no dia 2 de setembro. Caso o consumidor não faça o recadastramento, passados 15 dias desde a notificação o serviço será suspenso parcialmente e consumidor não conseguirá realizar chamadas, enviar mensagens de texto ou receber chamadas a cobrar. Após 30 dias dessa punição, o consumidor poderá ter a linha totalmente suspensa e apenas poderá fazer chamadas para serviços de emergência e acessar a central de atendimento da operadora. Passados mais 30 dias da suspensão total do serviço, a linha será desabilitada em definitivo.

De acordo com a Anatel, após a conclusão do recadastramento, as informações serão reunidas em um site, que será disponibilizado em janeiro do ano que vem. Os cidadãos poderão consultar as linhas ativas a partir do seu registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para identificar se estão corretas. Para saber mais sobre a operação, basta ligar para os seguintes telefones: 1052 (Claro); *8486 (Vivo); ou *144 (Tim e Oi).

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