Camisas com temáticas regionais devem dobrar vendas no Círio e COP, dizem vendedores

Vendidas no Ver-o-Peso com estampas típicas e símbolos culturais, essas camisas atraem turistas e impulsionam economia criativa em Belém

Gabi Gutierrez

As camisas com temáticas regionais já são tradição no Mercado do Ver-o-Peso e estão ajudando a impulsionar a economia criativa em Belém. Se em um ano comum as vendas seguem em ritmo estável, no Círio de Nazaré esse movimento cresce 50%. Para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que acontece em novembro na capital paraense, os vendedores do maior mercado de Belém projetam um aumento de até 200% em relação ao faturamento de meses regulares.

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Camisas do Ver-o-Peso: modelos e preços

No mercado que é ponto turístico da cidade, é possível encontrar camisas estampadas com frases típicas, símbolos culturais e referências à Amazônia. Os preços variam, em média, entre R$ 30 e R$ 60, dependendo do material, geralmente algodão ou malha fria.

Jean Santos, que vende camisas com estampas paraenses há mais de dez anos, afirma que a demanda mudou muito na última década e mantém um consumo constante ao longo do ano, mesmo fora das datas festivas.“De dez anos pra cá a demanda mudou. A gente vende muito o ano todo, não dependemos só das festas”, revela Jean.

Expectativa para Círio e COP-30

Durante o Círio, em outubro, Jean observa que as vendas chegam a ser 50% superiores ao registrado ao longo de todo o ano. Para a COP-30, a projeção é dobrar esse volume, o que, na prática, significaria triplicar o faturamento anual em relação a um período normal.“Nossa expectativa para a COP é dobrar esse volume, porque o público vai ser ainda maior”, diz o vendedor.

Adriano Oliveira, que também comercializa camisas no Ver-o-Peso, reforça a expectativa positiva: “O Círio sempre garante um grande volume de turistas, e quem vem quer levar um pedaço de Belém para casa. As camisas são a forma mais prática de levar essa lembrança. E na COP a expectativa é receber ainda mais gente, então estamos muito confiantes”, afirma.

Modelos mais procurados

Segundo Adriano, as camisas mais procuradas por turistas que querem levar um “pedaço de Belém” são aquelas com linguajar paraense“As que mais saem são as camisas com falas nossas. A ‘égua do calor’, ‘égua, mano’, frases que remetem ao jeito de falar do nosso povo. Quem vem para Belém quer levar um pouco disso na lembrança”, diz Adriano.

camisas personalizadas

Jean observa outros destaques em suas vendas: camisas com a bandeira do Pará e estampas sobre o açaí“A bandeira do Pará é um clássico. Sempre vende muito. Mas a do açaí é tradicional, é uma das estampas mais antigas também”, pontua.

Para se manter competitivo, Jean aposta em novidades como a letra de barco, típica das embarcações da região e reconhecida como patrimônio cultural do Pará. “Esse ano ela se tornou patrimônio do nosso estado, então peguei a referência e já bolei um modelo para camisa. Precisamos estar atentos a isso”, acrescenta Jean.

Além dos turistas, os paraenses também são clientes fiéis: “Hoje todo mundo quer mostrar que é do Norte, que é do Pará. Isso triplica as nossas vendas”, resume Jean.

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