Café e tomate se tornam vilões e encarecem cesta básica em Belém
Materiais de limpeza também estão pesando mais nos bolsos dos consumidores
Alimentos que compõem a cesta básica comercializada em Belém ficaram mais caros em novembro, elevando o preço do produto. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), no mês passado, a cesta custou R$ 550,64, o que significa que comprometeu 54% do salário mínimo atual, de R$ 1.100, em vigor desde 1º de janeiro deste ano. Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, efetuada pelo Dieese, em novembro deste ano, das 17 capitais pesquisadas, nove apresentaram aumentos de preços no valor total da cesta, e nas 8 restantes houve queda.
Entre os itens que ficaram mais caros, o tomate foi o que apresentou a alta mais expressiva no preço do quilo, passando de R$ 6,50 em outubro para R$ 7,58 em novembro, o que representou aumento de 16,62%. Em segundo lugar no ranking de aumentos aparece o café, com alta de 4,11%; seguido de açúcar, com alta de 2,31%; banana, que teve aumento de 0,28% no preço do quilo; manteiga, com alta de 0,21%; farinha de mandioca, com alta de 0,14%, e a carne bovina, que ficou 0,11% mais cara.
Por outro lado, foram poucos os produtos que tiveram recuo nos preços. Foram eles: óleo de cozinha (soja), com queda de 4,51%; feijão, que ficou 2,74% mais barato; arroz, com queda de 1,17%, e leite, que teve recuo de 1,05%.
“No mês passado, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.651,92, sendo necessários, portanto, aproximadamente 1,50 salários mínimos (baseado no valor do salário mínimo atual de R$ 1.100,00 em vigor) para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação”, demarca o Dieese.
O órgão de pesquisa mostra ainda que das 12 capitais pesquisadas, Florianópolis foi a que apresentou o maior valor da alimentação básica, com o custo de R$ 710,53. Em seguida, aparece São Paulo, com o custo de R$ 692,27, e Porto Alegre, onde a cesta foi comercializada a R$ 685,32.
No balanço nacional, também no mês passado, Belém ficou entre as doze capitais mais caras do país no que diz respeito ao custo da alimentação básica. Também no mês de novembro, os menores valores médios da cesta foram observados em Aracaju, com o custo de R$ 473,26, seguida de Salvador, com o custo de R$ 505,94, e João Pessoa, com o custo de R$ 508,91.
Material de limpeza
Produtos de limpeza como desinfetantes, sabão em pó e amaciantes também ficaram mais caros na Região Metropolitana de Belém (RMB), segundo aponta levantamento feito também pelo Dieese. A pesquisa levou em consideração o período de novembro de 2020 a novembro de 2021.
Dos produtos analisados, o quilo do sabão em barra da marca Regência foi o que mais teve alta, passando de R$ 6,92 para R$ 9,47, o que significou alta de 36,85%. Em segundo lugar aparece a garrafa de Amaciante da marca MonBijou, de 500 mililitros, com reajuste de 36,01%.
Na relação dos produtos que ficaram mais caros, o terceiro lugar ficou com a garrafa de 1000 mililitros de água sanitária da marca QBoa, que teve aumento de 19,12%, passando de R$ 2,51 em novembro de 2020 para R$ 2,99 em novembro deste ano.
Em seguida, figuram o sabão em pó, pacote 1 quilo, da Marca Omo, com alta de 18,77%; o desinfetante da marca Veja Limpeza Pesada, a garrafa de 500 mililitros, com alta de 15,29%; o desinfetante da marca Pinho Sol, garrafa de 500 mililitros, com aumento de 15,22%; detergente líquido da marca Brilux, garrafa de 500 mililitros, com alta de 15,19%; detergente líquido da marca Limpol, garrafa de 500 mililitros, com alta de 10,81%, e a palha de aço marca Bombril, pacote com oito unidades, que ficou 5,88% mais cara.
“As pesquisas mostram também que as diferenças de preços nos produtos de limpeza comercializados na Grande Belém, em alguns casos, chegam a mais de 20% (dependendo do local e do tipo do produto). Portanto é importante pesquisar antes de comprar”, conclui o Dieese.
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