Brasil tem quase 50 milhões de jovens, de 15 a 29 anos, 47% deles, quer morar no exterior e voltar

No Pará, busca-se sair para estudar idiomas e programas de estudo e trabalho, diz empresa do ramo de intercâmbios

Valéria Nascimento
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A população do Brasil é de 215 milhões, 37 mil e 567 pessoas. Desse total, conforme o Atlas das Juventudes, (plataforma virtual com amplo conteúdo sobre os jovens brasileiros), quase 50 milhões de pessoas, praticamente, ¼ da população, têm entre 15 e 29 anos de idade no país. E, desse grupo, 47% pensa em ter uma experiência no exterior para conquistar independência e ter melhores condições de vida ao retornar ao Brasil.

Quem pensa em passar um período fora do país de origem ou residência, deve saber que existem várias modalidades de intercâmbio. "Os tipos de intercâmbio, com os quais trabalhamos, são todos pagos, e o valor varia muito de acordo com a modalidade de intercâmbio, destino, período, duração, entre outras coisas", explicou a consultora especialista da IE Intercâmbio (franquia presente em Belém), Thainá Aquino.

Interesse e Investimento

As propostas orçamentárias, informou Aquino, são realizadas de forma personalizada. Há desde curso de idiomas no exterior a programa de estudo, trabalho e férias para adolescentes. Independente do objetivo, no entanto, Thainá frisou três condições indispensáveis para quem sonha com o exterior: interesse, disponibilidade de tempo e de investimento.

Engana-se quem acha que é preciso pagar do próprio bolso para juntar o útil ao agradável e conhecer pessoas de outros países, ter novas perspectivas para a carreira que se quer construir.

Aos 26 anos, Micael Rubens Cardoso da Silval, natural de Paragominas, no sudeste paraense, mas criado em Tailândia, região do nordeste estadual, se prepara para estudar na Universidade de Sheffield, na Inglaterra. "Vou desenvolver aditivos químicos para aumentar a performance de cimentos de menor impacto ambiental para um futuro mais sustentável", contou ele, felicíssimo, com a conquista da bolsa de doutorado pleno para estudar na Europa.

Determinado e aplicado nos estudos, Micael contou que, com muito esforço da mãe e do pai dele, ele fez engenharia civil na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Após, conseguiu a bolsa de mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. E, também conseguiu, por dedicação aos estudos, representar o Brasil no prêmio Falling Walls Lab, da Alemanha, que premia jovens talentos com ideias inovadoras.

Conhecimento e boas histórias

No Pará, disse Thainá Aquino, em geral, os clientes buscam opções de curso de idiomas e programas de estudo e trabalho. Ela informou que o perfil dos clientes são bem variados, mas de um modo geral são mais jovens, com idades entre 17 e 40 anos. "Há uma crescente busca de clientes mais maduros, a partir de 50 anos, já viajados, mas que querem tirar um período sabático para agregar o aprendizado ao lazer", destacou a consultora empresarial.

Formada em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia (Unama), em Belém,  Ana Carolina Valente do Nascimento, de 23 anos, acumula ampla experiência em viajar e voltar com a bagagem lotada de conhecimentos e boas histórias.

Ana Carolina já fez três intercâmbios internacionais para estudar inglês (Winnipeg, no Canadá), espanhol (Buenos Aires, na Argentina) e mandarim (China), este último com uma bolsa para um curso de duas semanas na Shandong Normal University.

A primeira viagem foi com os recursos da família, mas ela também conquistou bolsas de estudos. "Nunca tive nenhuma preocupação sobre as minhas viagens, mesmo na primeira quando tinha somente 14 anos. Eu sempre tive vontade de conhecer outros lugares e ter novas experiências", disse ela. 

"O que me orgulha mais? As pessoas que eu conheci ao longo do caminho, tento manter contato com todos", afirmou a relações internacionais Ana Carolina, que começou a estudar francês, em Belém.

Micael, por sua vez, dá um conselho para quem quer sair do país por uma temporada. "Tenha bem claro o seu objetivo, seja a trabalho, estudo, por exemplo. Isso te ajuda muito na hora de aproveitar a experiência da melhor forma possível. Estude sobre o país que você vai. Cada país tem processos de visto diferentes, custos de viagem diferentes e leis específicas. Além disso, estar ciente sobre as diferenças culturais pode ajudar a não ter imprevistos", disse ele.

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