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Aumentam as vendas de motos em Belém

Crescimento chegou a quase 20% em comparação com 2018, aponta a Fenabrave

Elisa Vaz
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Com a falta de oportunidades no mercado de trabalho formal, a prestação de serviços por aplicativos tem crescido, incluindo a entrega de comida. Isso resultou no crescimento nas vendas de motocicletas em Belém no ano passado. Somente em dezembro, foram mais de mil emplacamentos, número que representa um crescimento de 128,38% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Ao longo de 2019, a alta também foi expressiva, de quase 20%, em comparação com 2018. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

De acordo com o diretor comercial do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Pará e Amapá (SincodivPA/AP), José Guerrero, o reajuste de mais de 100% ocorreu, principalmente, porque no mês de dezembro de 2018 houve falta de motocicletas no mercado. “No ano passado não teve isso e as vendas foram normais”, explicou. O diretor explicou que esse número não é comum e não baseia o mercado. De novembro para dezembro do ano passado, por exemplo, a variação foi de 27,48%, passando de 808 para 1.030.

Entre os motivos que podem ter resultado no crescimento está a melhora na economia. Segundo o especialista, a fluidez econômica no ano passado aumentou os índices de emprego formal no Estado. “Os dois, somados, contribuíram para que os bancos liberassem mais crédito para a população. Moto é um transporte para uma população mais pobre, que depende dessa liberação de crédito para comprar. É uma consequência do mercado”, salientou. No entanto, Guerrero acredita que o surgimento dos aplicativos de entrega de comida também motivou os resultados, mas que é preciso considerar o Estado como um todo, que teve reajuste de 9% em dezembro.

É o caso do entregador Pedro Damasceno, de 32 anos. Quando começaram as entregas de comida por aplicativos em Belém, ele se inscreveu em uma plataforma para trabalhar na função, mas usava seu carro para as entregas. “A empresa permite carros, motos e bicicletas. Inicialmente, achei que o carro era a melhor opção, por ser mais cômodo e mais seguro, mas não tive lucro porque a taxa para o entregador é baixa e não compensava a gasolina, então decidi comprar uma moto”, contou o trabalhador. Pedro foi até uma agência de seu banco e buscou as formas mais fáceis de financiar o novo veículo. Agora, fazendo as entregas na motocicleta, ela afirma que seu lucro chega a ser três vezes maior que no carro.

Já o entregador Isaac Souza já trabalha no ramo de entregas há uma década, antes mesmo da tendência dos aplicativos de comida. Ao longo desses anos, ele teve quatro motocicletas, e a mais recente adquiriu há pouco mais de um ano. “Todas as motos que já comprei foram para trabalhar no ramo de entregas. Agora estou só com uma, mas já tive duas ao mesmo, e essa só uso para o trabalho”, comentou. A compra do veículo foi feita à vista. Ele vendeu a motocicleta que tinha antes da atual, guardou dinheiro durante um ano e comprou seu novo meio de transporte. No entanto, por sua experiência, o entregador disse que é muito "fácil" fazer financiamento.

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Economia
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