Aumenta procura por voos internacionais com reabertura de fronteiras

Portugal, EUA e Argentina anunciaram recentemente

Abílio Dantas / O Liberal
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Embora os Estados Unidos tenham anunciado, no dia 20 de setembro, que a entrada de brasileiros vacinados estará liberada a partir de novembro, os dois voos diretos de Belém para o país, que eram realizados até antes do início da pandemia, ainda não têm data para retornar. Por outro lado, para países europeus como Portugal, por exemplo, os voos diretos de Belém já estão disponíveis, como o voo com saída da capital paraense com destino a Lisboa.

Em âmbito nacional, a companhia aérea Latam afirma que, nas primeiras 24 horas após o anúncio de que os Estados Unidos voltarão a receber turistas brasileiros, foi registrado crescimento de 350% da procura por voos do Brasil para o país norte-americano. “Atualmente, a Latam já opera três voos semanais na rota Guarulhos-Nova York e outros três voos semanais na rota Guarulhos-Miami”, afirma a empresa.

image Retorno do voo direto Belém-Lisboa anima paraenses que moram e têm negócios em Portugal
A rota voltará a ser ofertada pela TAP a partir do dia 31 de outubro, com dois voos semanais, que sairão sempre aos domingos e às quartas-feiras

Até o momento, não há previsão de retorno de voos internacionais partindo do Aeroporto Internacional de Belém operados pela companhia. Antes da pandemia, a Latam oferecia um voo que partia da capital paraense direto para os Estados Unidos, que tinha como destino a cidade de Fort Lauderdale, no Estado da Flórida.

“A empresa está preparada para aumentar os voos entre os países assim que a reabertura for oficializada pelas autoridades. A Latam permanece atenta aos movimentos de reabertura não somente dos Estados Unidos, mas de todos os países. O mesmo fenômeno de crescimento da demanda ocorreu após a flexibilização das restrições de Portugal aos brasileiros, que geraram um salto de 300% na busca de passagens para Lisboa. Ao todo, a Latam já retomou voos do Brasil para 14 destinos internacionais (antes da pandemia eram 26), incluindo Santiago, Lima, Madri, Frankfurt, Lisboa, Assunção, Montevidéu, Cidade do México, Miami, Nova York, Buenos Aires, Cancun, Paris e Bogotá”, comunica a empresa.

Flórida

Até 2019, antes da chegada da pandemia ao Brasil, a companhia Azul Linhas Aéreas também oferecia um voo que partia direto de Belém para o Estado da Flórida, mas com pouso na cidade de Miami. Mesmo com o anúncio do governo de Joe Biden, feito no dia 20 de setembro, ainda não está confirmada a volta do voo.

Por outro lado, a decisão de Portugal de permitir a entrada de brasileiros sem a necessidade de quarentena antes da viagem, também divulgada no dia 20, provocou aumento na procura por passagens aéreas. “As emissões de bilhetes para o país lusitano mais que duplicaram neste mês se comparado com agosto. Em função disso, a Azul já iniciou a venda de voos extras para Lisboa a partir de outubro, chegando a cinco ligações semanais entre Brasil e Portugal”, informa a companhia.  

A expectativa da empresa é realizar um novo incremento da oferta em dezembro, com a operação de um voo diário entre Campinas, maior centro de conexões de voos da companhia, e a capital portuguesa. “Os voos extras já em outubro são uma resposta rápida que estamos dando ao aumento da procura e das vendas de viagens para Portugal desde a flexibilização das regras de entrada no país. Nos próximos dois meses, faremos inclusões pontuais à oferta que já tínhamos, mas, confiantes na consolidação da demanda e na manutenção das atuais regras, estamos planejando um voo diário entre nosso maior ‘hub’ e Lisboa em dezembro”, completou a Azul.

Agência de turismio

João Bernardo Morgado, proprietário de uma agência de turismo com 21 anos de experiência em Belém, afirma que o mercado está mais aquecido, embora ainda não tenha alcançado os mesmos níveis dos anos passados. “Com o início da pandemia vivemos uma espécie de queda de castelo de dominó. Ninguém estava preparado. Foi cancelamento atrás de cancelamento, ninguém sabia se essa pandemia ia durar mais um ano, dois anos ou dez. As coisas só foram melhorar mesmo em abril deste ano”, relata.

De acordo com o empresário, existe uma demanda reprimida, das pessoas que queriam viajar para os Estados Unidos e para países europeus em 2020 e 2021, mas não puderam. “Em julho do ano que vem vamos retornar com os pacotes da Disney, e acreditamos que teremos clientes dos anos anteriores junto com pessoas que vão se decidir pelo pacote no ano que vem. Mas ainda temos outra dificuldade que é a cotação do dólar, que está muito alto”, analisa.

Portugal

O empresário e professor José Fonteles iria viajar em julho de 2020 com a família, para Portugal, mas com a chegada da pandemia, o plano precisou ficar para junho do ano que vem. “Eu, minha namorada, minha sogra, meu tio, minha tia, minha prima, o marido dela e o filho deles, compramos as passagens juntos em setembro de 2019. Mas em março estourou a pandemia aqui no Brasil. A viagem é Belém-Lisboa, Lisboa-Belém”, relata.

De acordo com o professor, houve alteração dos valores das passagens com o tempo de espera. “A companhia aérea, para não devolver parte do nosso dinheiro com a alteração das datas, eles criaram uma espécie de crédito e ganhamos um voucher (vale) de 20% sobre o valor da passagem, mesmo assim a passagem ficou mais cara. Na época, a passagem custou R$3.900, ida e volta, e agora está custando em torno de R$ 6.200. Mesmo com o voucher vamos precisar pagar a mais, para inteirar o valor da ´passagem e não perder o voo e tudo que já foi feito. A conclusão é que se comprássemos hoje as passagens, pagaríamos mais caro ainda, porque todas estão muito caras, tanto para fora do Brasil”, conclui.

Argentina

A Argentina permitiu ontem (1) a entrada de turistas de países limítrofes, entre eles o Brasil, por aeroportos do país. O governo de Alberto Fernandéz iniciou na última segunda-feira (27) um projeto piloto que reabriu a fronteira da Ponte Internacional Tancredo Neves, que conecta Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu.

Desde o dia 25 de dezembro do ano passado, essa será a primeira vez que turistas estrangeiros poderão entrar no país por aeroportos. No fim de 2020, a Argentina suspendeu uma breve reabertura e fechou fronteiras aéreas para impedir a propagação de novas variantes da covid-19.

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