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Consumidor do Pará adere a compras online e lojista abraça modalidade, avalia porta-voz da CDL

Tipo do produto influencia na escolha da modalidade de compra. Espaço digital também acende risco de golpes.

Maycon Marte

Um estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que, 71% dos consumidores em todo o país compram online mensalmente. No Pará, o comportamento não se diferencia tanto, embora o produto influencie na escolha pela modalidade de compra, como avalia o gerente de relacionamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belém (CDL), Edson Nogueira. Além dos consumidores, lojistas também abraçam o ambiente digital para ampliar vendas. Os dados também alertam para a segurança das compras online, com uma média de 19% dos entrevistados sendo vítimas de fraude nos últimos doze meses, nessa modalidade.

O representante da CDL afirma que, em relação à compra online, é normal que os consumidores locais pesquisem os produtos de interesse no ambiente virtual, mas preferem experimentá-los presencialmente. As características do produto também influenciam no consumo. Segundo ele, consumidores tendem a adquirir produtos menores com mais facilidade no ambiente digital, mas isso muda no caso de eletrodomésticos, por exemplo.

A pesquisa confirma a avaliação de Nogueira, com números sobre o tipo de produto mais buscado pelos consumidores. Os produtos mais comprados pela internet são roupas, calçados e acessórios (46%), seguidos por delivery de comida (34%), remédios e produtos de saúde (28%), artigos para casa (28%) e cosméticos e perfumes (26%).

Apesar da demanda crescente pelo serviço digital, muito influenciado pela praticidade no consumo, com menos deslocamento e até preços mais atrativos, ele avalia que os paraenses ainda não transitaram massivamente para o segmento. “O perfil do nosso consumidor ainda se mantém, com a maioria preferindo comprar ainda na loja física. A compra online é uma cultura que está crescendo, mas ainda é muito forte a compra presencial, a compra na loja física”, avalia o porta-voz.

A mudança de hábito também alcança os lojistas, que aderem ao mundo digital para manter um diálogo com os clientes e até ampliar as vendas. Nogueira descreve uma adesão sútil dos lojistas locais, que acontece com a integração de ferramentas digitais nos seus negócios gradativamente. Alguns desses mecanismos são principalmente para comunicação e anúncios, a exemplo dos perfis de lojas que existem presencialmente e agora nas redes sociais.

“A gente percebe que o lojista tem criado alguns canais de comunicação virtual, como WhatsApp, sobretudo o WhatsApp Business, voltado para o seu negócio, procurando se adequar, criar mecanismos de atendimento online e isso tem avançado muito esse tipo de trabalho de venda. É muito comum, o empresário se lançar nesse canal de comunicação onde prepara seus vídeos, faz o anúncio, cria ali seu conteúdo para gerar engajamento e venda”, explica Nogueira.

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Segurança

Os destaques do levantamento indicam que uma média de 19% dos consumidores entrevistados relata ter sofrido com algum tipo de fraude online. Em Belém, o empresário Jorge Marques relata ter passado por mais de caso envolvendo golpes na internet. Nesse caso, ele é quem estava vendendo produtos em plataformas online.

A negociação se iniciou em uma dessas plataformas com uma conta falsa demonstrando interesse no produto oferecido. Ele explica que após encaminhar a venda, o falso interessado explica que é necessário um código que chegará no e-mail da vítima, para aceitar a compra no cartão. Por trás desse pedido, o golpista já teria solicitado uma alteração de senha na plataforma de vendas usando o e-mail de Marques, adquirido durante a conversa. Uma vez com acesso o golpista consegue realizar compras co o cartão cadastrado além de ampliar o raio de alcance do golpe.

Marques explica que chegou a entregar o código em uma das tentativas, assim que começou a praticar vendas online, mas que foi alertado sobre e passou a se policiar mais. No caso descrito, a sua principal estratégia foi consultar o nome do perfil interessado no produto. “Joguei o nome no google e vi várias denúncias no reclame aqui, graças a isso consegui evitar o golpe”, afirma. Além da pesquisa mais ampla na internet, a mesma medida também vale para grupos com outros vendedores.