Urubu é o personagem mais ilustre do Ver de Ver-O-Peso

As diferentes esquetes como o rapa, os passarinhos, e até o Círio de Nazaré definidos pelo grupo tem em comum um personagem. “Nós selecionamos o que estava bom, mas percebemos que faltava alguma coisa para unir essas cenas”, relembra o diretor Geraldo Salles. Foi então que que surgiu um dos personagens mais característicos da peça, e da própria feira: o Urubu.

“Eu lembrei que nas feiras nordestinas tinha sempre um cantador, que cantava rotina da feira. Mas Belém não tinha isso, então pensei: ‘qual personagem observa a feira desde o amanhecer até o final do dia?’. Aí veio a ideia do Urubu, então colocamos dois para comentar a feira e fazer ligações entre as esquetes, porque são animais que estão ali desde o amanhecer até a hora da xepa”, explica o diretor.

O sentimento afetivo com “Ver de Ver-o-Peso” se estende para o elenco. Já são 38 anos desde que Mário Filé subiu aos palcos como o personagem Urubu, que atualmente extrapolou as fronteiras do teatro. “Esse espetáculo representa muito para mim, acho que é a maior e melhor vitrine do meu trabalho. No início a gente não imaginava que faria isso por tanto tempo, e agora estamos indo para o 39ª ano”, conta.

Atualmente, o personagem de Filé faz parte de campanhas de conscientização ligadas o meio ambiente, além de participar constantemente de comerciais. “O Urubu sempre vai comigo. Ele é tido como pássaro agourento, mas no fundo é um grande colaborador do meio ambiente. É com o Urubu que consegui dar um vôo mais alto enquanto figura da cidade”, completa.

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