Theatro da Paz recebe o encanto de 'O Lago dos Cisnes', 'Uma Dança Antropofágica' e 'Agora'
Apresentações ocorrerão neste sábado (9) e no domingo (10), com a São Paulo Companhia de Dança e a Companhia Ana Unger

Amar é transformar-se, sair de si para dar o seu melhor, e isso vale para a arte da dança em que todos os sentidos do corpo são utilizados de forma plena para expressar e causar sentimentos. Por isso, os espetáculos "O Lago dos Cisnes - II Ato" e "Agora" que a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) apresentará ao público em Belém no Theatro da Paz neste sábado (9) e no domingo (10), tendo como abertura "Uma Dança Antropofágica", com a Companhia de Dança Ana Unger, configuram-se como momentos preciosos para os bailarinos e espectadores. Pela oportunidade de todos transcenderem os desafios do cotidiano e ir ao encontro de sentimentos e emoções profundas. As apresentações serão neste sábado (9), às 15h e às 20h, e no domingo (10), às 17h, no Theatro da Paz, no centro de Belém.
Até porque no segundo ato do clássico "O Lago dos Cisnes", que se passa à beira de um lago à noite, o príncipe Siegfried encontra a princesa Odette, transformada em cisne, por obra do feiticeiro Von Rothbart. Donzelas-cisne integram a cena. Como revela Odette, o feitiço só pode ser quebrado por um homem que prometa amor eterno e fidelidade. Siegfried, encantado, jura amor eterno a Odette. No entanto, Von Rothbart surge e ameaça a jovem. Odette intercede por ele, pois sua morte quebraria o feitiço. O príncipe, desesperado, jura amor eterno novamente, e Odette foge com ele, seguida pelo feiticeiro.
O ato inclui a célebre dança das donzelas-cisne, um pas de deux (dueto) entre Siegfried e Odette, e a fuga dos dois após a aparição de Von Rothbart. Esse ato termina com a fuga de Odette e Siegfried, deixando o público em suspense sobre o destino dos personagens e o futuro do feitiço. O príncipe Siegfried será interpretado por Mateus Rocha/Yoshi Suzuki, a princesa Odette por Thamiris Prata/ Carolina Pegurelli e o barão Von Rothbart por Nielson Souza.
No espetáculo em Belém, o público vai ver de perto a atuação dos bailarinos da SPCD, corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Pró-Dança. Em sua terceira vez em Belém, essa companhia apresenta sua versão de "O Lago dos Cisnes - II ato", por Mario Galizzi, e a premiada "Agora", da brasileira Cassi Abranches.
“É uma alegria imensa voltarmos a Belém e poder compartilhar com o público essa programação tão plural, ao lado da Companhia de Dança Ana Unger. É uma oportunidade de encontro com a plateia por meio de obras que atravessam diferentes tempos, estilos e formas de expressão”, afirma Inês Bogéa, diretora artística da SPCD.
Para Inês, o sucesso de "O Lago dos Cisnes" não é à toa. "Essa obra emblemática da história da dança encanta gerações com sua beleza e força poética. Nesse ato, acompanhamos o encontro do príncipe Siegfried com Odette, a princesa, e suas amigas, que foram transformadas em cisnes pelo feitiço do mago Rothbart. A cena acontece à noite, e vemos tudo o que se passa até o amanhecer — quando elas recuperam a forma humana. A dança conecta os solistas ao corpo de baile em uma harmonia delicada que ecoa na plateia. Apresentar essa obra em um teatro tão simbólico como o Theatro da Paz — que guarda tantas memórias e possibilita encontros tão potentes com a arte — torna essa experiência ainda mais especial", destaca a diretora.
"Agora", a última peça da noite, investiga o conceito de tempo em suas múltiplas dimensões — como ritmo musical, passagem cronológica e sensação térmica. Com movimentos que nascem da escuta do corpo e da música, Cassi Abranches constrói uma dança pulsante e orgânica, moldada individualmente em cada bailarino. A trilha sonora de Sebastian Piracés, que combina percussões afro-brasileiras, bateria, rock e canto, impulsiona a fisicalidade dos bailarinos em diferentes intensidades e camadas temporais. Reconhecida com o Prêmio APCA de Melhor Coreografia de 2019, a obra traduz o instante presente como potência de criação e transformação. A SPDC mostra, então, sua versatilidade no palco, indo do clássico ao contemporâneo, como pontua Inês Bogéa.
Antropofágica
O espetáculo de abertura é "Uma Dança Antropofágica", a partir de tema proposto pelo poeta João de Jesus Paes Loureiro, para abrir o Encontro Internacional de Dança em 2022, no clima da comemoração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, propondo a Antropofagia como método de processo artístico e criação coreográfica. A Inspiração veio da comemoração de 100 anos da Semana de Arte Moderna 1922,em São Paulo,propondo a Antropofagia como método de Processo artístico e criação coreográfica.
A Proposta Conceitual da Coreografia da Cia de Dança Ana Unger se
divide em cinco cenas: 'Canto do Pajé', com música indígena de Salomão Habib; 'A Floresta em Chamas e outros incêndios', de Paes Loureiro; '
Cenas do espetáculo Kuarup', homenagem ao ballet Stagium e a Décio Otero (in memorian), 'Abaluaê', antrofagia de um canto ritual afro com música de Waldemar Henrique e integração do Breaking e Hip Hop; e '
Bachianas de Villa Lobos', o clássico interage com Breaking em estéticas trocas antropofágicas. O espetáculo terá a participação de Paes Loureiro e dos bailarinos de Breaking Samuel D’Cristo e Kapuê.
Serviço:
'SPCD em Belem'
Dia 9 de agosto, às 15h e às 20h, e dia 10 de agosto, às 17h
No Theatro da Paz, na avenida da Paz, Praça da República, S/N - Campina, Belém - PA
Ingressos: à venda na bilheteria do teatro ou pelo link.
Classificação: Livre
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