'Solo de Marajó' em nova temporada no Teatro do SESI

O ator Claudio Barros se apresenta sozinho no palco e narra oito histórias tiradas da obra do escritor paraense Dalcídio Jurandir

Bruna Lima
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O ator Claudio Barros e o diretor Alberto Silva Neto se preparam para a nova temporada de "Solo do Marajó", em Belém. O espetáculo do grupo Usina será nos dias 19 e 20 de maio, sempre às 20h, no Teatro do SESI. Ingressos a R$ 30 (com meia entrada e gratuidades).

O ator Claudio Barros se apresenta sozinho no palco e narra oito histórias tiradas da obra do escritor paraense Dalcídio Jurandir. As narrativas de Dalcídio traduzem como a complexidade da região amazônica, onde a riqueza e a exuberância da vida ligada ao ambiente natural contrastam com um drama social histórico, consequência da exploração predatória e da violação de direitos humanos fundamentais.

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Foi a percepção dessa visão do autor que levou o USINA a construir uma dramaturgia feita de pequenas histórias, extraídas do romance Marajó – o segundo escrito por Dalcídio, e publicado em 1947 –, sem a preocupação em dar conta da fábula romanesca, mas preservando a escrita dalcidiana.

Dalcidio Jurandir é um escritor nascido em Ponta de Pedras, na Ilha de Marajó. Passou a infância no município de Cachoeira do Arari e logo depois mudou-se para Belém. Foi para o Rio de Janeiro pela primeira vez em 1928, com apenas 19 anos, onde chegou a lavar pratos para sobreviver. Ainda voltou ao Pará algumas vezes, mas viveu no Rio até morrer, no dia 16 de junho de 1979.

Antes do recente sucesso em São Paulo, Solo de Marajó já havia sido aplaudido em 10 estados brasileiros desde a sua estreia, em 2009. Entre as maiores façanhas, estão a turnê nacional Solo de Marajó nos solos de outros brasis, que em 2015 alcançou 10 cidades de 5 estados, e a caravana fluvial MAMBEMBARCA – O teatro vai de proa pelos rios do Pará, que circulou por 11 municípios ribeirinhos paraenses em 2019.

Sobre a equipe

Claudio Barros, 60 anos, é paraense de Belém. Começou no teatro em 1976. Teve passagem por importantes grupos de Belém, entre os quais Experiência e Cena Aberta. Foi um dos fundadores do Grupo Cuíra, na década de 80, e participou do grupo nas funções de ator, diretor e produtor. Atua também na linguagem audiovisual como ator, roteirista e cineasta. É produtor e preparador de elenco para filmes e séries nacionais. Além de atuar em Solo de Marajó, atualmente também apresenta Caeteuara, espetáculo que escreveu, dirigiu e atua narrando a trajetória do avô, o poeta Eimar Tavares.

Alberto Silva Neto, 53 anos, nasceu em Belém. Iniciou no teatro como ator em 1987. Atuou nos grupos Experiência, Palha e Cuíra. Em 1989, foi um dos fundadores do USINA e desde 2004 dirige espetáculos do grupo. Também atua em filmes e séries locais e nacionais. Seu último trabalho no cinema foi no filme PUREZA, que denuncia o trabalho escravo na Amazônia. É Doutor em Artes e professor da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA). Desde o ano passado, coordena o projeto de pesquisa PACATU – Processos para a Autonomia Criadora do Atuante.

Serviço:

Espetáculo teatral Solo de Marajó. Dias 19 e 20 de maio, às 20h. Duração 52 minutos. Para maiores de 14 anos. Ingressos a R$ 30 (com meia entrada e gratuidades).

Teatro do SESI. Avenida Almirante Barroso, 2540 (entrada pela Av. Doutor Freitas).

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