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Poeta bragantino Eimar Tavares tem obra publicada por filhos e netos

O livro “Eimar Tavares - Antologia Poética e Poetas da Belém Nova” será lançado no dia 1º de dezembro, as 18h30, no Instituto de Ciências da Arte (ICA)

O Liberal
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No próximo dia 1º de dezembro, chega ao público o livro “Eimar Tavares - Antologia Poética e Poetas da Belém Nova”, um compilado de poemas e crônicas registrados no decorrer da vida do escritor paraense Eimar Tavares. A obra está sendo publicada pelos filhos e netos do poeta, uma forma de tornar conhecido o legado intelectual do artista bragantino, que segue oculto na memória e na cultura do estado.

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“A nossa ideia sempre foi a de publicar os livros deixados muito bem organizados por ele. Acreditamos que seria esse o seu plano, antes de partir. Ele era tipógrafo, então, deixou tudo organizado, utilizando, inclusive, linha para costurar os papéis. Temos todo esse material guardado no acervo da nossa família. Mas, não seria justo permitir que estas obras literárias riquíssimas ficassem só nos baús dos Tavares, desconhecidas por mais tempo”, explicou Claudio Barros, que é ator, produtor cultural, diretor e neto de Eimar.

Eimar Tavares foi um tipógrafo, escritor, poeta e jornalista, nascido no município de Bragança em 1909, no nordeste do estado, onde viveu até completar 9 anos, quando foi aceito no Instituto Lauro Sodré e se mudou para Belém para estudar.

Na capital, anos depois, começou a trabalhar como tipógrafo na Revista Belém Nova, ao lado do também escritor Bruno de Menezes, onde começou a construir todo seu arcabouço literário. De lá, até o seu falecimento, em 1987, escreveu centenas de poesias, crônicas e textos jornalísticos que, agora, fazem parte, em sua maioria, do acervo da família Tavares, muitos deles ainda em manuscritos originais. 

“Ele era meu ídolo. Ele foi meu pai, verdadeiramente. Era aqui em Belém que eu tinha o meu encantamento de menina. Então, eu tenho essa lembrança, deste homem que era boêmio, mas que era bom, de alma boa generosa e que abrigava todos os filhos. Ele tinha um coração gigantesco”, disse Kátia Tavares, a neta mais velha do poeta.

Sobre a obra – O livro “Eimar Tavares - Antologia Poética e Poetas da Belém Nova” é um compilado de três livretos: Versos Vadios, Assobio no Escuro e Miniantologia – Poetas da Belém Nova.

“São três livros em um só, na verdade, daí se chamar ‘Antologia’. O primeiro, mostra um Eimar parnasiano, que inova escrevendo crônicas em formato de versos, em sonetos decassílabos, com um jogo de rimas rigoroso, ironizando e comentando fatos encontrados em reportagens do seu tempo. No segundo, já conseguimos ver um poeta pós-moderno, que passeia por temáticas diversas e versos livres, sem as rédeas dos modernistas. Já o terceiro, a Miniantologia, é o trabalho que ele fez de garimpar e selecionar poemas de autores que publicavam na Revista Belém Nova, organizando todos em um pequeno livro, o qual foi distribuído a oito amigos”, disse Fernanda Paula Tavares, bibliotecária e neta de Eimar Tavares.

Segundo a neta do poeta, Eimar Tavares sofria com uma timidez interessante, que o limitava, inclusive, de divulgar seu trabalho entre os próprios familiares. Esta característica justifica o fato do escritor assinar suas poesias com o codinome “Raimundo da Coréia”.

O mais novo dos dez filhos do trovador, Constantino Tavares, lembra bem das palavras do pai sobre o próprio trabalho. “Ele dizia que uma poesia não deslumbra ninguém, que um poeta não deixa nada, ele deixa vestígios. Esse era o pensamento dele na época. Então, tinha essa dificuldade de divulgar o seu próprio trabalho, sempre esperava que o vissem ao lerem os jornais”, relembra.

Serviço

O livro “Eimar Tavares - Antologia Poética e Poetas da Belém Nova” será lançado no dia 1º de dezembro, as 18h30, no Instituto de Ciências da Arte (ICA), da Universidade Federal do Pará, localizado na Av. Presidente Vargas, s/n. 

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