Pesquisador paraense faz nova live após pré-lançamento de livro ser invadido

O lançamento do livro “Comida cabocla, uma questão de identidade na Amazônia – desde uma perspectiva fotoetnográfica”, do paraense Miguel Picanço, será realizado virtualmente, neste sábado, dia 10, às 18h, por meio da plataforma Google Meet (envie mensagem pelo WhatsApp 91 9874392 para receber o link de acesso).

“O evento será regado por um bate-papo entre professores e pesquisadores de História e de Antropologia da Alimentação Amazônica do Brasil e da Venezuela”, diz o autor. Miguel Picanço acrescenta que o leitor vai encontrar os modos de comer e de viver dos caboclos e das caboclas que povoam as comunidades rurais da Amazônia Atlântica, do Nordeste paraense.

"A obra vai revelar um pouco do que somos e do que comemos”, diz o autor, professor-pesquisador de Ciências Sociais, com estudos na Universidade de Barcelona, na Espanha.

No dia 20 de fevereiro, durante o pré-lançamento do livro, a plataforma Google Meet foi invadida por hackers, que se utilizando de áudios, imagens pornográficas e mensagens no chat, aterrorizaram os participantes, expulsando-os da sala. “Essa prática de invasão de ambientes educacionais virtuais, em que se debate cultura, arte, educação e política tem se tornado comum na tentativa de intimidar e desmobilizar os eventos acadêmicos e científicos”, diz o professor.

Em seguida, explica que o livro vai mostrar por meio de fotografias e de depoimentos experiências de sociabilidades e de comensalidades que tratam não apenas dos modos de viver dos habitantes, mas também de seus modos de comer alimentos como avoado e virada de camarão, entre outros.

O livro foi editado pela Paka-Tatu. E da live, participam os professores pesquisadores da História e da Antropologia da Alimentação Amazônica do Brasil e da Venezuela, Maria Eunice Maciel (UFRGS), Andrés Fernando (Arfey/Venezuela), Sidiana Macêdo (Alere/ UFPA) e José Rogério Lopes (FURG), com mediação de Susane Rabelo, da Toró Gastronomia Sustentável.

“Ao adquirir um exemplar, o leitor vai estar contribuindo para a continuidade das pesquisas e de futuras publicações como esta”, diz o professor de Sociologia nas secretarias de educação do Estado do Pará (Seduc) e do Município de Belém (Semec).