Pará vai ganhar novo Carabao em agosto, com o máximo da aparelhagem
Detalhes do lançamento são fechados, mas desde já fãs estão prontos para não perder essa festa com o jeito do paraense

O que é muito bom por natureza, pode ficar melhor. Por isso, a aparelhagem sonora Carabao - O Furioso do Marajó vai passar a se chamar Carabao - O Máximo do Marajó, a partir de agosto próximo. E com toda uma nova estrutura de som, iluminação e itens de palco que vão ganhar um perfil mais moderno, com altos investimentos em tecnologia de ponta, tudo para garantir a animação dos paraenses e outros públicos. Esse é um presente da turma dessa aparelhagem para seus fãs e admiradores em geral quando comemora três anos de sucesso completados no último dia 4 deste mês de junho.
O novo Carabao vem com luzes, LED, um material inédito em aparelhagem sonora, com o novo nome “O Máximo do Marajó”, em referência ao sobrenome do DJ principal, Tom Máximo, e à identidade marajoara. “O Carabao que nasceu um bebê Furioso vai se transformar em um adulto, que é o nosso Máximo do Marajó, e a gente está bem satisfeita em trazer mais esse projeto para o público que ama o Carabao, que criou uma identidade com a nossa aparelhagem”, diz Andresa Gonçalves. Ela, Tom Máximo e Caicô Abdon são os três sócios gestores da aparelhagem. Andresa é a primeira mulher proprietária de aparelhagem no Pará.
O aniversário foi comemorado com um show beneficente, com arrecadação de alimentos, no dia 7 deste mês, na Aldeia Amazônica David Miguel, no bairro da Pedreira, em Belém, reunindo cerca de 5 mil pessoas. Esse carinho do público reafirma que o Carabao já surgiu no clima de festa e em pleno cenário amazônico.
O DJ Tom Máximo atuava em uma outra aparelhagem que encerrou suas atividades, e, então, ele passou a atuar em carreira-solo e fez o Baile do Alô. Nessa carreira-solo, prefeituras e promoters passaram a pontuar que Tom deveria dispor de uma estrutura mais apropriada para esse trabalho. Foi aí que ele e amigos reuniram-se e resolveram fazer uma aparelhagem.
Mas, eles tinham que dar um nome. Primeiramente, pensou-se em Baile do Máximo. No entanto, a sócia dele foi para o Marajó e constatou um búfalo que toma sorvete em pleno arquipélago no norte do estado do Pará. Isso chamou a atenção do grupo. Depois, quando no projeto da nave do Baile do Máximo, Tom estava com a ideia de fazer algo referente ao Marajó, dado que a identidade dele era chapéu, cinto e bota. A palavra ‘búfalo’ persistia na mente dele, e ao avistar um desses animais, ele acabou pesquisando sobre os nomes das raças e, ao imaginar vinhetas utilizando as quatro raças, destacou-se o vocábulo Carabao. De imediato, gostou Andresa Gonçalves. Ficou, então, Carabao.
Shows
Há meses nos quais a aparelhagem chega a fazer cerca de 30 shows. “Neste mês de junho, a gente está toda semana tocando de sexta a segunda. Quando tem os feriados pelo meio, emenda”, diz Tom. Em outras palavras, muitas festas juninas no Pará, muito Carabao para a galera. “Para julho, mês do Verão, a gente tem quase 30 shows fechados”, completa Tom. Fora o evento Carabao Kids, focado no público infantojuvenil.
No palco, celebrando a alegria de viver e de dançar, atuam quatro DJs do Carabao: Tom Máximo, o DJ André (filho dele), o DJ Silvinho e DJ Dalton). Na aparelhagem toda, são 30 pessoas trabalhando com gosto.
Na quinta-feira (12), o Carabao participou do Parárraiá no Estacionamento do Estádio Mangueirão, no bairro do Bengui. Essa foi a segunda apresentação da aparelhagem nesse evento. Nessa e em outras apresentações, o público se esbalda ao som das músicas tocadas pelo Carabao. Como explica Tom Máximo, nos shows predominam os temas musicais “saudade” e “marcantes”, ou seja, o clima dos bailes da saudade antigos, com músicas para as pessoas dançarem; e as marcantes são os sucessos destinados a gerações mais novas. E aí entra de tudo um pouco: brega, arrocha, forró, melody, carimbó, rock e outros tipos de música. O público confere performances no palco, durante as apresentações, sempre com a presença do búfalo-simbolo da aparelhagem.
Por isso, para Tom Máximo, o que vale a pena é ver, participar do momento em que a galera está curtindo as músicas, dançando, se divertindo, se confraternizando. “Eu amo tocar e fazer o povo ser feliz e dançar o brega”, afirma Tom. Para ele, o sucesso da aparelhagem vem justamente do fato de que tudo que o grupo faz é com amor.
Ao se apresentar no Arraial do Caeté, em Bragança, no nordeste do Pará, no último dia 4, o cantor Xand Avião afirmou que é fã da aparelhagem Carabao e da cachaça de jambu. Xand disse ter vontade de conhecer os donos do Carabao.
Em outubro de 2023, no Estado do Amapá, o Carabao conseguiu reunir mais de 300 mil pessoas na 52ª Expofeira. Já no mês seguinte, a aparelhagem participou da gravação de um DVD da cantora paraense Joelma no Estádio Mangueirão, em uma das maiores festas do Pará.
A identidade do público com a performance e o som do Carabao se fundamenta, entre outros fatores, pelo fato de que os paraenses formam um povo que adora uma festa, com direito à dança, conversa da boa e comida à vontade. Isso ao longo do ano. Com uma aparelhagem sintonizada com o que a galera gosta de ouvir e dançar, a festa, como se diz, “tá na mão!”.
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