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Olhares atentos para a Amazônia Legal

As obras estarão disponíveis ao público a partir de 22 de setembro

Bruna Lima
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Chegou a vez de conhecer um pouco sobre os artistas selecionados na categoria Fomento à Produção de Artistas Emergentes da Amazônia Legal. A categoria é novidade da edição que marca os 40 anos do projeto e foi pensada com o intuito de promover artistas em início de carreira ou não incluídos em espaços expositivos institucionalizados, mas com significativo potencial de desenvolvimento.

Os artistas Fernando Paranhos, do Pará, e Gabriel Bicho, de Rondônia, apresentam obras e técnicas distintas, mas com a fotografia presente e instigando um olhar atento para a floresta e para questões íntimas. As obras estarão disponíveis ao público a partir de 22 de setembro, no Museu de Arte Sacra e na Casa das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha, em Belém.

O Projeto Arte Pará 2022 é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio do Centro Universitário Fibra e do grupo Equatorial Energia e com apoio institucional do grupo O Liberal e dos Institutos Inclusartiz e Pivô Arte e Pesquisa. O Arte Pará é uma realização da Fundação Romulo Maiorana.

Fernando Paranhos, Pará, 1974

O selecionado destaca que sempre se interessou por fotografia, desde criança. Mas só teve essa percepção na fase adulta. Ainda jovem tive a primeira câmera fotográfica, analógica. Fazia fotos, mandava revelar, e se encantava com toda a magia da fotografia. “Sempre me interessei por muitos tipos de arte. Mas a fotografia sempre me chamou mais atenção.  Por um tempo, ela ficou esquecida, mas no início dos anos 2000 voltei a praticar novamente. Adquiri uma nova câmera, e pensei em aperfeiçoar a técnica e comecei a fazer alguns cursos, principalmente na Fundação Curro Velho ``, diz o artista.

Sobre as referências, Fernando Paranhos diz que as fotografias de rua sempre lhe chamaram muita atenção, e é uma das vertentes que busca se aperfeiçoar. “Hoje em dia estou trabalhando muito com colagem, nas quais uso a fotografia também”.

Obra em destaque

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“Meu trabalho enviado para a Arte Pará foi o "Ilhas de Atravessar", que é um políptico de fotografias feitas no intuito de mostrar a interação corpo/água. Depois de analisar melhor, e mais demoradamente o resultado das fotos, vi que o trabalho passava uma angústia com o corpo humano. Quero mostrar que o nosso corpo é uma ilha, um limite, a ser superado. É um obstáculo a ser vencido sempre. O trabalho foi feito em 2020, durante a pandemia”.

Arte Pará

“Ser selecionado no Arte Pará é um momento especial. O salão é reconhecido nacionalmente e isso é muito relevante. Estou muito feliz”.

Arte Contemporânea

“A arte contemporânea é maravilhosa. A Pop Art, para mim, é uma das coisas mais loucas e totalmente comunicativas. Todas as etapas da arte deixaram marcas significativas no mundo e a fase contemporânea não será diferente”.

Gabriel Bicho, Rondônia, 1989

Natural de Rondônia, mas atualmente reside em Santa Catarina, onde gradua Museologia, o artista se identifica como um a[dor]a-dor, fotodocumentador, ativista ambienta[l]dor, art[cothy]-educador, ocasional curador, arteiro caderna-dor. As principais referências, na fotografia, são principalmente de pessoas com quem já teve contato como Luiz Brito, Elza Lima, Paula Sampaio, Rogério Assis, entre outros.

Obra em destaque

É a terceira vez que o artista participa do Arte Pará e, esse ano, foi selecionado com três obras com técnicas diferentes entre fotografia, objetos e risografia.  “ Que sua luta seja como a da floresta” retrata a resistência em manter a floresta viva. A obra “oferta” traz um painel com nove risografias. E o artista ainda apresenta o trabalho chamado “Têmpora in ngô meitire”.

Arte Pará

“Ser selecionado no Arte Pará é uma grande satisfação por ser um dos maiores salões do Brasil e sediado no Norte há mais de quarenta anos e com a curadoria de um cara que eu gosto muito, Paulo Herkenhoff, expus com ele em outros lugares e sobretudo está imerso nesse cenário de potências amazônicas. Eu sendo um artista de Rondônia, que está numa região que não é uma região central, eu fico sempre muito feliz em poder mostrar o que nós temos na Amazônia”.

 Arte Contemporânea

“Eu acho que a arte contemporânea é como uma fumaça que sai do cigarro. É aquele ato de a gente olhar para a fumaça e vê-la sumir em sua matéria, mas não se perder em sua invisibilidade. Chega uma hora que essa fumaça não é mais visível, mas ela continua sendo matéria. Acho que o contemporâneo também é isso, é essa invisibilidade da matéria das produções que tornam as coisas em sua completude”.

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