Nasi da Ira! não sabe quanto dinheiro ganhou e se foi roubado no auge da banda

Apesar das críticas, o vocalista de uma das principais bandas de rock Nasi em atividade avalia que a situação piorou muito para os artistas com o streaming

Vito Gemaque
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O cantor e compositor Nasi - vocalista da banda Ira! - revelou que nunca soube quanto a banda paulista arrecadou em dinheiro, nem quantos discos conseguia vender no auge do sucesso. O segredo foi revelado no podcast Inteligência Ltda, do apresentador Rodrigo Vilela. O bate-papo especial para o Dia do Rock contou com a participação do crítico musical Régis Tadeu

"Nessa época do maior auge não tenho noção do quanto de dinheiro eu ganhei, e de quanto dinheiro me tomaram. Porque naquela época a gente vivia uma coisa chamada hiperinflação", contou. "Não vou falar do meu empresário da época, eram todos os empresários que faziam. Hoje, eu fiz um show e recebo até um dia antes de entrar no palco. Naquela época eles pagavam a gente 15 dias depois", contou Nasi.

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"Ou seja já tinha desvalorizado pra caral...", indagou Rodrigo Vilela. "Não é desvalorizado. Eles já tinham aplicado o dinheiro", responde Nasi. 

Régis Tadeu é enfático nas críticas chamando a situação de "caixa dois disfarçado". Em seguida, o crítico pergunta se Nasi teve conhecimento de quantos discos o Ira! chegou a vender. "Não, eu não tenho noção", confirma Nasi. "Já que os discos nunca foram numerados", complementa.

Apesar das duras críticas à indústria musical, o vocalista afirma que a situação piorou para as bandas, já que os repasses do streaming são ainda menores do que das gravadoras em décadas passadas. "O streaming paga menos ainda. O streaming é uma vergonha!", destaca indignado Nasi.

"Saudade das gravadoras. Eles pagavam tudo. Pagavam nosso adiantamento, para o produtor. Antigamente se vendia disco. Eles davam tudo para a gente. Estúdio, um produtor, os músicos, o marketing, o hotel", declarou. "Hoje os nerds do Vale do Silício fazem o que comigo? Nada. Eu tenho que produzir tudo. Por isso, eu acho que tem menos qualidade hoje", assegura.

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