Lô Borges lança o álbum inédito 'Não Me Espere na Estação'

Cinquenta anos após o 'Clube da Esquina', o músico vive um intenso ciclo criativo.

Enize Vidigal
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Os dois anos de isolamento social imposto pela pandemia multiplicaram a criatividade de Lô Borges, que acaba de lançar o quinto álbum de sequência com músicas inéditas: “Não Me Espere na Estação”. Cinquenta anos separam o novo projeto dos álbuns clássicos “Clube da Esquina” e “Disco do Tênis”, ambos de 1972.

Ouça aqui.

“Não Me Espere na Estação” traz o vigor de novas composições de guitarra em letras contemporâneas e a expertise do músico de 76 anos de idade, que já se apresentou em parceria com grandes nomes da música paraense, como Nilson Chaves e Eudes Fraga, e que se mantém como ídolo de outros tantos, músicos ou não.

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O novo disco foi antecedido por “Rio da Lua” (2019) com letras de Nelson Angelo; “Dínamo” (2020), com letras de Makely Ka; “Muito Além do Fim” (2021), com letras de Márcio Borges; e “Chama Viva” (2022), com letras de Patrícia Maês. Os três últimos mencionados foram compostos durante a pandemia e, com o novo lançamento, Lô ainda teria um sexto disco em produção.

No entanto, “Não Me Espere na Estação” não é um álbum de sequência. Lô Borges convidou o cantor e compositor César Maurício para fazer as letras do projeto. Os dois já haviam feito parceria nos discos “Um Dia e Meio” (2003) e “BHANDA” (2009).

Lô Borges (voz e guitarra) mergulha nas possibilidades de guitarras, efeitos e pedais, assinando a direção musical sozinho e a coprodução musical com Henrique Matheus (guitarras) e Thiago Corrêa (contrabaixo, teclado e percussão). Ainda, a gravação contou com Robinson Matos (bateria).

Clube da Esquina

 “É difícil um artista envelhecer e manter o mesmo vigor da qualidade de composição”, avalia o cantor e compositor paraense Renato Torres. “Claro que as coisas que ele produziu nos anos 70 e 80 são brilhantes, mas eu sinto que o Lô Borges tem uma integridade no trabalho dele e por isso ele é tão louvado ainda hoje. Ele Ele poderia ficar sem fazer mais nada e estaria tudo bem, mas ele continua fazendo e isso é muito legal”, acrescenta.

O Clube da Esquina, criado por um grupo de jovens artistas mineiros que conquistou gerações de brasileiros, deixou para a história da música brasileira o álbum homônimo e outro sem nome, conhecido como o ‘Disco do Tênis’ devido à foto da capa.

O músico e produtor cultural paraense Tuca Nunes, se revela outro fã do músico: “A música mineira é a base do meu início de carreira: Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta e Milton Nascimento. Em 1972, eles se juntaram e fizeram o disco ‘Clube da Esquina’. O Lô Borges apareceu com o Beto Guedes vencendo um festival da canção com ‘Feira Moderna’, letra do Márcio Borges, irmão do Lô, que, na minha opinião, é o maior letrista do Clube da Esquina. O Lô é fantástico, um violonista excepcional, compositor. A discografia dele é maravilhosa. ‘A Via-Láctea’ (1979) é lindo, ‘Vida Cigana’ (1982) é maravilhoso. O ‘Disco do Tênis’ é fantástico”.

 

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