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Álbum raríssimo de Elza Soares é disponibilizado em streaming

Ação da Sony Music homenageia os 90 anos da cantora, completados no último dia 23.

Redação Integrada

Elza Soares conquistou o público com a voz potente a partir de 1958. Em breve passagem pela CBS (atual Sony Music) lançou os LPs “Elza Negra, Negra Elza”, de 1980, e o raro “Senhora da Terra”, de 1981, além do compacto “Hoje tem Marmelada” / “Põe Pimenta”, também de 1981.

O selo publicou em streaming, nesta sexta-feira, 3, os dois últimos álbuns mencionados com o objetivo de celebrar os 90 anos da cantora.

Ouça aqui.

A ação integra o projeto de digitalização do catálogo de seus principais artistas, que inclui a restauração de tapes analógicos e de projetos gráficos originais.

Álbuns Raros

O álbum "Elza Negra, Negra Elza", produzido e arranjado por João de Aquino já estava disponível em streaming com uma sonoridade entre o samba tradicional (“Como Lutei” e “Artimanha”), o samba endiabrado pop ou jazzístico (“Cobra Cainana”, “É isso aí” e “O Porteiro me Enganou”), bossa nova (“Fim de Noite”), canções de atmosfera afro (“Timbó”, “Samba do Mirerê/ Capitão do Mato”) e até uma embolada (“Olindina”).

O pouco conhecido “Senhora da Terra” traz o auge da maturidade vocal da artista. Ela abre o álbum entoando a sarcástica “Põe Pimenta” (Beto Sem Braço e Jorginho Saberás), com uma ostensiva crítica social que, à época, ganhou um hilariante clipe em televisão com a cantora fantasiada de cozinheiro com bigode. Na faixa, “Coração Vadio” (Edil Pacheco e Paulinho Diniz), ela faz improvisos vocais guturais que a destacam na música brasileira.

Segue “O Morro” (Mauro Duarte e Dona Ivone Lara) sobre a violência dos morros cariocas; “Exaltação ao Rio São Francisco” (Waltinho, Zezé do Pandeiro  João Leonel), sobre a transposição; o samba dolente “Maria Pequena” (Guaracy de Castro e Roberto Nepomuceno), sobre a primeira porta estandarte da escola de samba que deu à luz em meio a um desfile na avenida; o samba "Abertura”, de autoria da cantora, sobre a abertura política de 1979: “Abre a porta/ Abre o peito, abertura/ Linha fraca, linha forte, linha dura”.

Segue com os sambas “Alegria do Povo” (Luís Luz e Ari do Cavaco) - tributo ao ex-marido falecido Mané Garrincha -; "O Carnaval" (Gerson Alves e Valentim); “Paródia do Consumidor” (Wilson Moreira e Nei Lopes), que remete à irreverência e ao sarcasmo das duas primeiras faixas deste álbum, “Põe Pimenta” e “Coração Vadio”, com a cantora fazendo troça nos versos: “Só chiar não dá/ A lei está a nosso favor/ Vamos virar a mesa/ Em defesa do consumidor”.

Em “Barraquinho” (João Roberto Kelly), Elza imita a Isaurinha Garcia nos versos: “Eu sou aquele barraquinho de madeira/ Que ainda vive pendurado lá no morro de Mangueira/ Você que é cobertura de Ipanema/ Não escuta os meus anseios/ Nem resolve os meus problemas”.

Também em 1979, Elza lançou um compacto com a já mencionada “Põe pimenta” e uma regravação do samba-enredo da Portela do ano anterior, “Hoje tem Marmelada” (David Corrêa, Norival Reis e Jorge Macedo), que tem o circo como tema.

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