Morre Henrique da Paz, ator, diretor e dramaturgo paraense, aos 72 anos
Ele sofreu de problemas cardíacos e faleceu durante um procedimento cirúrgico.
O teatro paraense está em luto pela perda de um dos seus maiores nomes. Henrique da Paz tinha 45 anos de carreira e faleceu na manhã desta segunda-feira, 26, aos 72 anos, durante um procedimento cardíaco.
"Ele já vinha apresentando problemas cardíacos e, hoje, foi marcado o procedimento de colocação de quatro stents. O médico conseguiu dois, mas ele não resistiu e teve uma parada cardíaca no meio do prodecimento, às 11 horas da manhã", conta o ator Adriano Barroso, que é genro de Henrique.
O velório inicia às 18 horas no Teatro Waldemar Henrique e o enterro será na terça-feira, 27, às 11 horas, no cemitério Santa Isabel.
Trajetória
Henrique da Paz começou a fazer teatro em 1967 com um grupo de jovens de Icoaraci e não parou mais. Foi fundador do grupo de teatro Gruta, um dos mais antigos do Pará, há 53 anos. Ele também atuou no cinema, como no filme "Órfãos do Eldorado" ao lado de Dira Paes e Daniel Oliveira, e em óperas, como "Viúva Alegre" e "La Serva Padrona". Contracenou e dirigiu grandes nomes da dramaturgia regional, como Geraldo Sales, Zê Charone, Cláudio Barradas, Luiz Otávio Barata e Zélia Amador de Deus.
Henrique Ficou reconhecido como um "encenador", artista que pensava a cena inteira, não apenas a atuação, mas também a luz, o cenário e o figurino. Ele também escrevia e adaptava os textos dos espetáculos. Entre as peças de teatro mais conhecidas dele, estão "Vida, que sempre morre, que se perde em que se perca?", no qual foi ator, diretor e dramaturgo; "O Beijo no Asfalto", adaptação do texto de Nelson Rodrigues, no qual atuou; e "Hamlet Máquina", em que assinou a direção e a dramaturgia.
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